A Kodak já foi uma das maiores empresas do mundo e, certamente, a maior empresa na área de fotografia de todos os tempos. No Brasil, haviam milhares de lojas da gigante americana espalhadas, praticamente, em cada município do país revelando fotos e vendendo filmes fotográficos. A Kodak era para a fotografia o que é a Apple hoje para o setor de tecnologia. Porém, isso é coisa do passado. A realidade da Kodak atualmente não é mais a fotografia. Um dos últimos negócios da empresa na área de fotografia, os papéis fotográficos, foi vendido para um grupo chinês no mês passado. Recentemente, a empresa tentou inovar criando até uma moeda digital, a KodakCoin, mas não deu certo. Agora, a Kodak resolveu entrar no ramo de medicamentos.
Com um empréstimo de US$ 765 milhões do governo Donald Trump, a Kodak vai fabricar um composto da hidroxicloroquina. O medicamento que é usado no combate à malária, mas também é apoiado por Donald Trump e pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro para o tratamento da Covid-19. O anúncio do investimento dos EUA fez as ações da empresa dispararem no mercado financeiro aumentando seu valor 5 vezes. É a tentativa da empresa de se reinventar no mercado. Só o tempo dirá se a Kodak voltará aos seus tempos gloriosos ou se está trilhando para um fim melancólico da marca que já foi o maior símbolo da fotografia.