Jovem segue tradição familiar na fotografia social

Bel Caetano tem só 20 anos de idade, o que espanta algumas noivas que a veem pela primeira vez. “Algumas perguntam se eu sou a filha da Bel Caetano”, diverte-se a jovem fotógrafa natural de Rio Branco (AC). Mas ela explica que as dúvidas se dissipam tão logo as clientes ficam sabendo que Bel (Maria Izabel Caetano, na verdade) é a mais jovem ramificação de uma tradição familiar que comporta, junto com ela, três gerações de fotógrafos de casamento.

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Até por conta disso, Bel não está sozinha. Ela tem como “fiel escudeiro” seu pai – e mentor – Edison Caetano. Natural de Cascavel (PR), 56 anos de idade, Edison é também “filho de peixe”: “Meu avô já era fotógrafo e passou para meu pai, e depois de ajudar muito meu pai, comecei a querer fotografar com meu próprio olhar. Trabalhamos juntos desde sempre, é muito bom ter alguém de confiança do seu lado!”, constata a garota, que acompanhou o pai em seu retorno à cidade natal, no oeste do Paraná, trinta anos após a partida para o Acre, depois que ela viveu um tempo em Santa Catarina, onde cursou por certo período a faculdade de fotografia.

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Bel Caetano também realiza ensaios com gestantes e fotografias newborn – esta última categoria com certa cautela

Tal como o avô de Bel, Edison escolheu se estabelecer como fotógrafo social após ter atuado em outras áreas (inclusive, documentando geoglifos para revistas internacionais). Ainda garotinha, ela o auxiliava cronometrando o tempo das emulsões fotográficas. Aos quatorze anos (mesma idade que o pai começou a fotografar) ajudava segurando o flash ou fazendo as fotografias posadas nos casamentos. “Aos quinze, dezesseis, já havia clientes procurando por mim”, afirma Bel, que conta ainda com uma tia e um primo fotógrafos.

Atualmente, a lógica se inverteu: Edison cuida dos registros mais tradicionais e a filha dos cliques mais criativos. “As pessoas têm que ver toda a sequência do casamento e ele me dá todo o suporte, iluminação etc.”, acrescenta a moça, que viaja o País inteiro cobrindo casamentos ou realizando ensaios. E dá suas “escapadinhas” para o exterior também: “É muito bom respirar outros lugares, sair de casa e poder criar mais”, diz.

Bel tem preferência pelos casamentos (“é onde me expresso melhor”) e ensaios com gestantes (“acho que é uma sequência bacana”), e está desenvolvendo trabalhos no segmento de newborn photography – mas este é um terreno que ela ainda avança com cautela: “Embora já tenha feito alguns cursos, ainda tenho medo ao posicionar os bebês, acho muito delicado”.

Segundo conta, o mercado paranaense comporta estilos de casamento os mais variados e, embora ela possa classificar as noivas como sendo um pouco reticentes no que diz respeito a inovações, sempre consegue emplacar algum conceito novo. Com relação ao próprio estilo, o assume como romântico – com uma pitada de ousadia, quando há brecha para isso: “Procuro fotografar de forma diferente, embora simples. Tirar um pouco da fotografia social e entrar na onda mais artística, em casamentos isso é superbacana. Procuro ser inusitada, mas de forma mais simples e natural!”, descreve. Abaixo, mais trabalhos da jovem Maria Izabel Caetano:

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