Inspiração e transpiração em livro de Terranova

 

O carioca Marco Terranova, 48, desfruta o Rio de Janeiro com a disposição de alguém que não consegue ficar parado. O fotojornalista vencedor do Prêmio Esso de 1999 nada, escala, salta e pedala pela cidade, ao passo que registra a celebrada paisagem do Rio de um modo bastante particular.

Ao aliar esses dois aspectos da sua relação com a cidade, Terranova compôs o livro Rio em Movimento (Andréa Jakobsson Estúdio Editorial, 200 págs., R$ 95), um convite para todo mundo aproveitar os equipamentos naturais que a Cidade Maravilhosa generosamente oferece a quem deseja usufruir.

Porém, o fotógrafo não apenas elenca atividades físicas em seu inventário de tudo o que o Rio oferece. O que conta para ele é estar ao ar livre, tendo por background a paisagem de cartão-postal da cidade.

Terranova desenha verdadeiros mapas em tamanho natural quando toma uma imagem do alto da Gávea, em mais uma das inúmeras vezes em que pernoita lá em cima. Embaixo, rema mar adentro em busca de tesouros visuais, ou pedala montanha acima para captar a névoa da floresta, a água densa da cachoeira. O fotógrafo sabe muito da luz dourada de fim de tarde, que aplicou no livro como uma assinatura, uma visão peculiar de atividades bastante diversas amarradas como um conjunto coerente pelos tons sutis do amanhecer e do entardecer.

Marco Terranova contabiliza 35 anos de experiência profissional, desenvolvendo trabalhos nas áreas de fotojornalismo, aventura e social. Além do Esso, conquistou o Prêmio Castello Branco de Fotojornalismo em 1996. Já realizou diversas exposições individuais, como Mulheres Maiores de 40 e Santa Marta dos Anjos. Assinou ensaios fotográficos para os livros Montanhas do Rio (2003), Lagoa Rodrigo de Freitas (2009), Parque Nacional da Tijuca – uma floresta na metrópole (2010) e Barra da Tijuca – natureza e cidade (2012).

 

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