Uma fotografia que acredita-se ser de Gerda Taro, considerada a primeira mulher a fotografar na linha de frente em conflitos armados, aparentemente deitada no leito de morte em um hospital durante a Guerra Civil Espanhola, foi encontrada 80 anos depois de sua morte.
A fotografia foi publicada no Twitter há alguns dias por John Kiszely, um ex-soldado britânico aposentado. Seu pai, o Dr. Janos Kiszely, foi médico voluntário com as Brigadas Internacionais que lutaram contra o general Franco durante a Guerra Civil Espanhola.
Até então, Kiszely não fazia ideia de quem poderia ser a paciente que aparece na foto. Alguém então pediu que ele postasse a parte de trás da impressão. No verso, ele encontrou a seguinte inscrição: “Frente de Brunete, junho de 1937 (em Torrelodones) Sra. Frank Capa = de Ce Soire de Paris, morta em Brunete”.
Um observador então apontou que a mulher ferida poderia ser Taro. A fotógrafa nunca se casou com Capa mas muitas pessoas acreditavam erroneamente que eram casados. O nome “Frank” pode ter sido devido a uma confusão entre os nomes “Robert Capa” e “Frank Capra”, o famoso diretor de cinema.
“Minha primeira impressão é que parece muito com Gerda Taro”, diz Jane Rogoyska, biógrafa de Taro, ao The Guardian. “O que inclina alguém a pensar que é Gerda Taro é o cabelo curto, as sobrancelhas muito finas e a fragilidade do corpo”.
Rogoyska observa que é necessário que sejam feitas pesquisas adicionais sobre os detalhes em torno da foto para ter certeza de que ela realmente mostra os últimos momentos de uma das fotógrafas de guerra mais famosas da história.