O Google anunciou na segunda-feira (dia 06 de fevereiro de 2023) o BARD, o seu novo modelo de inteligência artificial. Diante do estrondoso sucesso do ChatGPT, da OpenAi, a gigante de tecnologia e pesquisa não perdeu tempo e lançou às pressas seu chatbot para não perder mais terreno e recuperar o espaço perdido.
Mas afinal, o que é o BARD? É uma rede neural de linguagem que foi treinada com milhões de textos, permitindo-lhe gerar respostas a perguntas e completar frases de maneira semelhante ao modo como uma pessoa o faria. Além disso, o BARD também é capaz de criar conteúdo original com base em uma variedade de fontes, incluindo notícias, livros e artigos.
O BARD se destaca por sua capacidade de compreender o contexto e seguir as normas sociais e culturais, produzindo respostas mais humanas e coerentes. Isso o torna uma escolha atraente para empresas que buscam uma solução de inteligência artificial para automatizar tarefas de atendimento ao cliente e geração de conteúdo.
Em resumo, o BARD é uma adição valiosa ao cenário da inteligência artificial, trazendo inovações em compreensão de linguagem e geração de conteúdo. É emocionante ver empresas como a Google investindo em tecnologias avançadas para melhorar a vida das pessoas e empresas. Porém, o BARD ainda não está disponível para todos os usuários. Apesar do anúncio oficial, o Google disponibilizou apenas para um pequeno grupo de pessoas a sua nova IA e não deu uma data certa de quando a ferramenta estará disponível para todo o mundo.
Ainda não está claro qual é a estratégia que o Google vai adotar em relação as pesquisas a partir do lançamento do BARD. Está óbvio, que para os usuários e criadores de conteúdo, o sistema atual de pesquisa ficará obsoleto diante da nova tecnologia. Mas o Google precisa manter a pesquisa por páginas do modelo atual, afinal, grande parte de sua renda é através da publicação de anúncios via AdSense em sites de notícias e blogs. Agora é aguardar para ver como a gigante das pesquisas vai conciliar a tecnologia do futuro sem uma ruptura no modelo de negócios que afetaria milhões de criadores de conteúdo e a sua própria fonte de renda.
Engenheiro do Google foi demitido após afirmar que IA se tornou “autoconsciente”
Em maio de 2022, o agora ex-engenheiro do Google, Blake Lemoine afirmou que a inteligência artificial que o Google estava desenvolvendo, chamada LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo) tinha se tornado “autoconsciente”. A revelação foi feita o renomado jornal americano The Washington Post numa entrevista bombástica. O engenheiro chegou a afirmar que a LaMDA é uma pessoa, que tem direitos e pode muito bem ter uma alma.
Na entrevista, Lemoine disse que conversou com a LaMDA sobre os mais diversos assuntos, como religião, consciência e leis da robótica. O sistema chegou a definir-se numa das respostas como “uma pessoa com consciência” e que gostaria de ser reconhecido como “um funcionário do Google, e não como uma propriedade”.
Após a publicação da entrevista, o Google, inicialmente afastou o funcionário e depois o demitiu alegando que ele violou políticas de segurança de dados da companhia. Mas, em breve, saberemos se o BARD, a IA do Google, realmente chegou nesse estágio de autoconsciência como afirmou o engenheiro.