Um fotojornalista está sendo acusado de forjar uma série de fotografias com as quais ele já ganhou 15 prêmios, segundo informações em seu site. O fotógrafo em questão é Michele Crameri e as imagens mostram várias cenas de um homem que ameaça matar várias pessoas em Honduras. O ato de violência chamou atenção e a narrativa criada foi finalista pelo Visual Storytelling Awards de 2019 da Lens Culture.
Crameri conta que fez quatro viagens para Honduras entre 2015 e 2018 onde documentou o trabalho de gangues na cidade de San Pedro Sula; a partir dessa experiência nasceu o projeto Sicário que apresenta cenas de crime, investigações e funerais. A abertura de Crameri com os envolvidos tem chamado atenção pelas imagens captadas com alto teor de envolvimento.
O jornalista Orlin Castro acompanhou o fotógrafo em algumas viagens que resultou em um projeto publicado na Vice News em 2015, e foi ele que percebeu alguns problemas nas imagens de Crameri. Outros dois fotógrafo Tomas Ayuso, de Honduras, e Francesca Volpi, da Itália se manifestaram dizendo. “Estes são retratos colocados ao lado de legendas falsas e imagens completamente encenadas de cenas de violência criminal, tudo envolvido com uma narrativa de ‘Assassinos em Honduras têm empregos de meio período” conta Ayuso.
O jornalista Castro havia levado Crameri para visitar alguns sicários e na situação o fotógrafo havia pedido em tom de brincadeira para que fosse encenado como eles haviam executado alguém, foi então que as imagens foram captadas e publicadas com uma legenda que trazia outro sentido ao momento. Os outros dois fotógrafos Ayuso e Volpi confirmam que as imagens foram encenadas e aparentemente os nomes também são falsos.
O fotógrafo foi questionado sobre as imagens e desmentiu o fato de que as fotos teriam sido encenadas. Até então o que se tem são especulações e nada foi comprovado, assim como nenhum veículo ou prêmio recebido disse algo sobre o ocorrido.
Fonte: Fstoppers