Fotógrafo retrata a perfeição das imperfeições das mulheres

Matheus Fernandes já colaborou aqui no iPhotoChannel no quadro “Como eu fiz a foto” em 2014 e volta este ano para mostrar o incrível trabalho que faz na fotografia.

Muitas de suas fotos permeiam o universo feminino, se você der uma olhadinha no seu portfólio irá encontrar muita pele à mostra e o toque especial de sua fotografia: a mulher como ela realmente é, com suas sardas, pintas e marcas naturais. Talvez o “emborrachamento” exagerado nas campanhas de moda de revista tenha cansado a nova geração de profissionais que quer explorar as características genuínas de cada corpo.

iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade
Modelo: Karol Queiroz

Em entrevista exclusiva, o fotógrafo conta o motivo de gostar de fotografar mulheres: “eu gosto de retratar mulheres porque eu acho que elas têm uma sensibilidade e uma sensualidade que é única e natural”. Ele se sente maravilhado pela forma que a mulher é simplesmente por ser como elas são e já terem no seu âmago uma delicadeza admirável.

Matheus usa a famosa “cinquentinha” f/1.8″ por achar que esse tipo de lente é o que melhor retrata o que vem à cabeça dele quando ele vê uma mulher, além de gostar muito de que a foto possua grãos como as antigas analógicas. Como a maioria das suas modelos são pessoas comuns (e normalmente, para quem não está acostumado, é possível dar aquela travada quando vê uma lente apontando para si), ele busca nos ensaios deixar a modelo muito à vontade, sem pedir para fazer poses nem caras e bocas.

Algumas dicas que ele dá para uma foto ter uma tendência maior de sucesso é ir deixando o ensaio rolar, conversar, mostrar referências e colocar a música certa para o momento. “Nas minhas fotografias você nunca verá uma super produção. Às vezes eu vejo uma mulher na rua e já imagino como ela ficaria linda em alguma ideia que surge no momento na minha mente”.

“Eu tenho uma teoria que se uma mulher não se acha fotogênica é porque ela ainda não descobriu nem explorou isso nela”. Até os “defeitos” femininos passam despercebidos na visão e nas fotografias de Matheus. No próximo mês, o fotógrafo estará com uma exposição em São Paulo, sem data definida ainda. Curta sua Fanpage para acompanhar as notícias!

iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_2
Modelo: Maria Della Rosa
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_4
Modelo: Valéria
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_5
Modelo: Maria Della Rosa
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_6
Modelo: Maria Della Rosa
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_8
Modelo: Carol Alves
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_9
Modelo: Paloma
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_10
Modelo: Marcela Léttra
iPhotoChannel_matheus-fernandes_mulher_campanha_fotografia_sensualidade_7
Modelo: Carol Alves

lightroom

Artigos relacionados

16 Comentários

    1. As “imperfeições” são os defeitos naturais da pessoa como pintas, sardas, quadril largo, magreza excessiva, tudo aquilo que vai contra o que as revistas de beleza e de mostra apresentam. São pessoas reais, imperfeitas (porque ninguém é perfeito mesmo) e ainda assim, maravilhosas.

  1. Imperfeições? A gordinha ou a feia ele não fotografa, né?

    Só hipocrisia e fotografia de bunda na nova geração de fotógrafos.

  2. Eu novamente.
    O discurso é vazio.
    Mas as fotos são bonitas! Isso não tem o que dizer.
    Parabéns.

  3. Já que o discurso realmente não foi pensado, eu pensei pra vocês.

    Coloque esse título que vai funcionar: A Imperfeição das perfeições.
    Agora leiam mais sobre fotografia.

    1. “Fotógrafo” Anônimo, o discurso foi realizado exatamente como ele deveria ser. Talvez a sua interpretação de texto esteja sendo equívoca, pois a imperfeição no caso desta interpretação, é o que vai contra o que as revistas de beleza mostram. É a pessoa como ela é, com suas imperfeições, sardas, quilos a mais (ou a menos), cabelos ao natural, etc.

      1. Obrigado pela resposta, Suelen.
        Os comentários são com esse intuito mesmo, de gerar discussão e a longo prazo isso resulta num aumento da qualidade estética e ideológica acerca da produção da fotografia contemporânea no Brasil.

        Como eu mesmo disse, as fotos são lindas, e parabenizo o Matheus por isso.
        Muitos trabalhos fotográficos são desenvolvidos em cima da estética e somente desta, o que não necessariamente as rebaixa, afinal, esse é o principal apelo e a principal busca de qualquer das artes visuais, e com a fotografia não é diferente.

        Entretanto, é comum, principalmente na internet a busca por alguma justificativa para trazer força a narrativa, e quando essa não é intrínseca há grandes chances de ser rasa.

        É triste ver tantos fotógrafos mostrando “mulheres reais”, quando o conceito de realidade na fotografia é uma abstração. E sempre foi. Desde o século IXX. Quem conhece um pouco da história da fotografia sabe que Bayard já falava sobre isso com muita clareza. A fotografia será no máximo, uma representação da realidade. O que não é pouco.

        Como Boris Kossoy ressalta em “Tempos da Fotografia” não há documento inocente. Nunca.
        Nesse sentido a fotografia de moda ser colocada como uma “estética de plástico” é sem dúvida inocência de quem diz.
        Pois se a fotografia de moda é “de plastico” por ser manipulada, te pergunto, qual fotografia não é manipulação? Novamente, não há documento inocente. Todas as fotografias são manipuladas e de plástico, no sentido de ser representações, e nunca a realidade.

        Acredito que tu, como jornalista de uma importante editora de fotografia já tenha lido A Camara Clara, de Roland Barthes e pode concordar comigo que lá estão os conceitos sobre a manipulação que o aparelho fotográfico e todas as escolhas feitas pelo fotógrafo e elementos de composição estão em função de produzir a estética com o plástico que queremos. As vezes poliéster, as vezes pvc, mas sempre plástico.

        O conceito de beleza da fotografia é facimente discutido, se quiser, te mostro referencias de nomes importantes na história da fotografia que utilizam em sua narrativa modelos de sardas, com quilos a menos ou cabelo natural, sobrancelhas grossas (ou finas), e por ai vai.

        Do conceito da imperfeição dos tempos atuais essas fotos não tem nada. De beleza, elas tem sim! Eu gosto bastante.

        Até mais!

        1. Eu acredito que esse tipo de comentário, que gera discussões positivas e que te acrescentam alguma coisa são extremamente importantes e têm sido cada vez mais escassos na internet. Sim, as fotos realmente são bonitas, mas o que eu quis dizer na matéria é que não existe retoques exagerados como em fotografias publicitárias ou de campanha de moda. Obviamente são desenvolvidas em cima da estética, como a maioria das fotografias são. A narrativa que você diz ser rasa por falta de justificativa, é, como falei no comentário anterior, equivocada.

          E retifico o que você disse “A fotografia será no máximo, uma representação da realidade. O que não é pouco”, até porque é impossível retratar a realidade como ela é. O assunto da matéria, a minha intenção, fosse que as pessoas entendessem que cada vez menos as pessoas estão usando softwares de manipulação de imagem para fazer uma fotografia bonita, como no caso do Matheus.

          Já li a Câmara Clara sim, e concordo com o que você diz. Também posso nomear facilmente vários fotógrafos que também buscavam este tipo de estética décadas atrás, mas no quesito “beleza”, algumas dessas modelos retratadas fogem do que normalmente vemos por aí em revistas, sites e blogs deste segmento. As modelos são fotografadas de forma natural, com suas pintas, curvas, olheiras, magreza, coisa que não é muito vista na fotografia da década em que vivemos, pois ainda a maior gama de fotógrafos usa extrema manipulação de imagem para “esconder” essas características naturais da pessoa (taxadas como “imperfeições” na fotografia de beleza).

          Sempre que quiser, sinta-se à vontade para dialogar 🙂

  4. Acho que vocês podem procurar a fanpage do fotógrafo em questão pra conhecer mais o trabalho dele, eu fiz isso antes de pensar em criticar.

    Ele é muito, muito bom

    1. E, ao contrário do que o anônimo nomeado como “Fotógrafo” comentou, a narrativa ser rasa por falta de justificativa, é equivocada. O assunto da matéria, a minha intenção, fosse que as pessoas entendessem que cada vez menos as pessoas estão usando softwares de manipulação de imagem para fazer uma fotografia bonita, como no caso do Matheus. Na fotografia do Matheus, as modelos são fotografadas de forma natural, com suas pintas, curvas, olheiras, magreza, coisa que não é muito vista na fotografia da década em que vivemos, pois ainda a maior gama de fotógrafos usa extrema manipulação de imagem para “esconder” essas características naturais da pessoa (taxadas como “imperfeições” na fotografia de beleza).

    2. Valeu, Marcos.

      Peço que leia novamente os comentários e veja que não fiz uma crítica sem conhecer.
      Inclusive, elogiei o trabalho dele. Não se incomode.

      Faça o teste: coloque no google as três palavras “fotógrafo mulheres reais”.

      E verá 350 links iguais, sendo 300 do hypeness, 25 do catraca livre e 25 do iPhoto, com perdão da generalização. (e entendo também o conteúdo, visto o púbico alvo desses sites)

      Logo, modelos “fotografadas de forma natural, com suas pintas, curvas, olheiras, magreza, coisa que não é muito vista na fotografia da década em que vivemos”, na verdade, vemos sim! Principalmente nessa década. Ou quem diz viu pouco.

      Concluimos que o ensaio é bonito, mas nada tem de novidade.

      E veja, antes que fale, não peço que seja. Cada um fotografa o que gosta. Essa conclusão não deixa o trabalho feio. Continua bonito!

  5. E peço que não levem a mal. Os comentários foram de bom coração.
    Não sou dono da verdade, mas quem tem humildade e audácia de ser melhor a cada dia vê críticas com bons olhos.

    Se a Suelen ou a moderação quiser apagar meus comentários sem problemas.

    Escrevo um só com a parte dos elogios e continuamos todos estacionados no mesmo lugar!

    Até mais!

    1. Jamais levaríamos a mal ou deletaríamos comentários. O espaço é aberto para isso, gerar discussões e ouvir a opinião dos nossos leitores para cada vez melhorar nossas matérias e conseguir a fidelidade desses leitores. Seu comentário não foi de mau gosto, nem ofensivo. Foi a sua opinião e para a minha forma de trabalhar, é extremamente anti ético reprimir a liberdade das pessoas de darem a sua opinião.

      Até! 😀

  6. Na verdade todas estão dentro dos padrões estéticos midiaticos… E não sei da onde você tirou que estão usando menos retoques em fotos hoje, os números so crescem.. Talvez ao seu redor não. Isso que eu chamo de licença poética,pegar o padrão para trabalhar fora do padrão. Sim elas seguem um padrão estético ja imposto, com tratamento ou não elas sao ” perfeitas” fora da fotografia onde se leva em conta a pos.

    1. A estética destas fotografias em questão não estão dentro dos padrões midiáticos de fotografias publicitárias, moda ou beleza. Não são cheia de retoques e não mostram o corpo perfeito esculturado por um software de manipulação de imagens. Ele mostra as modelos como elas são – lindas -, com suas “imperfeições” todas, já que nenhum corpo é perfeito, e, como você deve saber, assimétrico. Na matéria jamais mencionei que as modelos eram imperfeitas. Elas são lindas, retratadas de forma mais bonita ainda, mas se você parar para ver o portfólio do fotógrafo, encontrará fotografias de modelos acima do peso (ou magras demais), negras, asiáticas, etc.