Um dos desejos de muitos fotógrafos é possuir uma lente mais clara, mais rápida, ou seja, com a maior abertura de diafragma possível. Isso possibilita fotografar com mais autonomia em situações de pouca luz. E este anseio não é só dos fotógrafos: o cineasta Stanley Kubric tinha sua própria objetiva Zeiss f/0.7, que foi usada para filmar uma cena iluminada apenas por velas.
O fotógrafo que usa o pseudônimo de Austrowiki, membro do fórum Sony Alpha Rumors, compartilhou suas impressões em utilizar uma Canon 50mm f/0.95. Esta é conhecida como “lente dos sonhos” entre muitos profissionais, especialmente pelos efeitos que proporciona nas fotos, e para o teste ele adaptou a objetiva em uma câmera mirrorless Sony A7R II.
“As questões que eu estava preocupado antes de comprar a lente foram o aparecimento de vinheta (um problema relatado com essas lentes em câmeras rangefinder e full frame E-mount) e a suavidade (softness)”, explica Austrowiki. E, depois de testar a lente por um mês, ele chegou a conclusão que esses efeitos estão muito presentes. “No entanto, eu já não me importo, eu suspeito que toda vez que estou com esta lente na minha câmera estou sorrindo”.
Porém, para aqueles que estão acostumados com lentes modernas que trazem inúmeros recursos contra todo tipo de aberração e distorção, essa é o exato oporto. “É importante ficar claro que isso não está perto de uma lente perfeita. Ela é suave, sofre de reflexões internas, flare, aberração esférica, vinheta, é pesada e desajeitada (construída como um tanque de guerra)”. Ele explica que ao utilizar esta lente tão antiga e diferente não houve uma compreensão imediata, mas uma curva de aprendizado para melhor utilização das potencialidades desta objetiva.
“O que eu queria, e obtive com a lente, foi o bokeh (desfoque de fundo) com aspecto de sonho e o brilho no estilo filme dos anos 1930 que a lente produz quando totalmente aberta”, diz Austrowiki.
Para aqueles que desejam uma abertura de f/0.95 numa lente nítida, Austrowiki indica objetivas como a Mitakon speedmaster ou a Leica Noctilux. Você pode ler a review completa (em inglês) clicando aqui.