Fotógrafa de Newborn Simone Silvério dá seu parecer sobre o caso do bebê cego

“Mesmo que tenha acontecido, é necessário ver o histórico da criança, se ele não teria algum problema anterior”

A notícia polêmica sobre o bebê chinês que pode ter ficado cego com um flash de celular tem se desdobrado de forma intensa em uma área distinta no mundo profissional da fotografia: o newborn, registro de bebês recém-nascidos.

A fotógrafa Simone Silvério, presidente da Associação Brasileira de Fotógrafos Recém-Nascidos (ABFRN), conversou com o iPhoto Channel sobre o caso. Ela explica que a ABFRN ainda não se posicionará oficialmente, pois a associação tem buscado opiniões de especialistas em saúde dos olhos para que, então, possa-se exprimir uma posição com embasamento médico-cientifico.

Simone Silvério/Divulgação

Porém, Simone adianta algumas práticas já utilizadas entre os fotógrafos associados, que também são orientadas pela ABFRN. “O que a gente pode indicar é ter sempre o bom senso. Mesmo aqueles que utilizam flash, que seja sempre potencia mínima, nunca direcionado para o rosto ou olhos do bebê; ou rebatido em uma superfície branca, ou suavizado por difusor ou haze”.

“Existe essa recomendação aqui na Associação Brasileira de Fotógrafos Recém-Nascidos de se o flash seja suavizado, rebatido ou utilizado na potencia mínima. A associação não recrimina o uso do flash. Porém eu, como fotógrafa, tenho por principio não utilizar o flash. E se eu não tenho luz natural disponível, utilizo uma luz contínua. Desde o meu primeiro curso e em todas as palestras que realizo, a minha recomendação é sempre que seja feito o uso da luz natural”, explica a fotógrafa Simone Silvério.

Simone Silvério/Divulgação
A fotógrafa salienta que nunca, nem mesmo por pais e mães em casa, com seus celulares, deve-se utilizar um flash como descrito na notícia, em uma distância de apenas 25cm. “Poderia ser incomodo para qualquer um, não só para um bebe”.

A fotógrafa e especialista e presidente da ABFRN Simone Silvério.
A fotógrafa e especialista e presidente da ABFRN Simone Silvério.

Sobre a polêmica, Simone Silvério comenta sobre a possibilidade da notícia ser falsa, diz que tem acompanhado vários médicos que não acreditam na possibilidade do fato ter ocorrido. “Mesmo que tenha acontecido, é necessário ver o histórico da criança, se ele não teria algum problema anterior”, comenta sobre o argumento médico que tem acompanhado na internet.

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