As cores vívidas dos retratos de William Eggleston
As cenas cotidianas coloridas de William Eggleston são as imagens que tornaram o fotógrafo conhecido. Eggleston trouxe cores marcantes em um mundo no qual a fotografia ainda era predominante em preto e branco; mostrou a beleza simples do cotidiano. Sua exposição solo em 1976 no Museu de Arte Moderna, em Nova York, foi considerada um momento crucial para a fotografia colorida como arte.
Mas não é bem deste trabalho que vamos falar hoje. Não são as ruas americanas com carros antigos coloridos ou os postos de gasolina pitorescos tão presentes na obra do fotógrafo. O tema hoje é algo mais específico: os retratos de cores intensas de William Eggleston.
Por mais que não seja tido como exclusivamente como retratista, seus retratos já foram tema de exposição e livro. As estrelas em seus retratos não são necessariamente as pessoas, as poses, mas sim as cores e formas que saltam aos nossos olhos e nos envolvem intensamente.
Em um frame ele inicia e termina uma história; uma história agradável sobre os tons, sombras e contrastes, sobre os raios de luz e as formas. Um momento humano suspenso no ar que surge e acaba, e que versa sobre estética e humor sem a necessidade de um conceito. O próprio Eggleston diz que “não há nenhuma razão especial para procurar significado”.
A fotografia de William Eggleston às vezes chega a ter um tom de nonsense, o que nos captura e nos faz ficar mentalmente suspensos frente às imagens, apreciando, sentindo o calor das cores que aquecem nossos olhos, perseguindo a luz que desenha a forma. Quadros aleatórios clicados em qualquer lugar, sem qualquer pose, mas preciosamente capturados de uma forma que beira a ficção. Veja mais alguns retratos deste mestre da fotografia: