Em livro, texturas viram “tapetes voadores”

Cristina Schleder (3)

Num passeio no meio da mata há tanto para ser visto que detalhes menores passam incógnitos. Quer dizer, a menos que o observador em questão seja Cristina Schleder, artista plástica que possui um olhar clínico para os pequenos tesouros da natureza, como atesta seu livro Os Tapetes Voadores da Mata Atlântica (Luste Editores, 244 págs., R$ 84,50). O lançamento ocorre na próxima quinta-feira (5), na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

No livro, Cristina apresenta uma série de registros de texturas e tramas retirados da floresta tropical. Atenta especialmente aos dias nublados ou períodos pós-chuva, a artista capturou detalhes de cores em troncos e musgos, criando uma fábula visual que ela associou a fantasias de viagens em tapetes voadores – daí o título do livro.

“A verdade desse pensamento mágico conseguia levá-la para todos os lugares imaginados, sentada em seu próprio tapete voador que a mata, com seus fios, tramas e bordados, teceu especialmente para ela”, descreve Cristina o quadro que sua imaginação criou.

Em contraponto a esses arroubos de fantasia, a autora preferiu manter os pés no chão com relação ao processo de captura. Exceção feita aos espelhamentos que ela aplicou na composição, não houve, segundo afirma, interferência ou alteração nas fotografias, e Cristina enfatiza isso dando como título das obras o código da própria câmera quando apertado o disparador. Além disso, cada imagem do livro é resultado de um só clique, enfatizando o momento único de cada cena.

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