Anderson Miranda: “Trash não precisa estragar o vestido”

O fotógrafo paulistano Anderson Miranda, cujo nome é associado ao surgimento do Trash the dress no Brasil, participou de um bate-papo on-line promovido pelo iPhoto Channel, na manhã desta terça-feira (19), em alusão ao Dia Internacional da Fotografia.

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No começo, Anderson ficou com medo de usar o nome do ensaio (foto: Graciela Lindner)

Atualmente vivendo em Curitiba (PR), Anderson fotografa casamentos há nove anos e segue o estilo “fotojornalismo de casamento” difundido pela Wedding Photojournalist Association (WPJA).

Falando sobre a “importação” do Trash the dress (inspirado nos trabalhos da Del Sol Photography) em 2007, Anderson contou que no começo teve receio: “Eu fiquei com medo de usar o nome, ‘Trash the dress [algo como ‘jogar o vestido no lixo’], mas eu adotei esse nome e pegou”.

Dois anos depois do primeiro ensaio, ele conta, muitos outros profissionais já tinham aderido. “Por incrível que pareça, tem muita gente ainda que não faz por falta de divulgar para os seus clientes”. Outros, continua Anderson, não fazem com medo de comprometer o vestido, pois a maioria é alugada. Esse medo é partilhado pelas noivas e empresas que alugam a peça. “Mas você já viu como o vestido fica no final de um casamento? O estado da barra do vestido? Rasgada, suja, pisoteada… O Trash não precisa estragar o vestido”, afirma o precursor, que está com um DVD sobre o tema para sair pela iPhoto Editora.

“Não precisa rasgar, sujar, jogar tinta. É uma coisa mais inusitada. Eu acho que é você chocar com uma foto, [fazer as pessoas se perguntarem] assim: ‘O que essa noiva está fazendo nesse lugar com esse vestido branquinho?’ Essa é a ideia”.

Anderson também aproveitou a conversa para parabenizar seus pares pelo Dia da Fotografia: “É pra mim uma das coisas mais importantes, porque são maneiras de se lembrar. Tem gente que fala um monte de coisa, até clichê, que fotografia é arte. É claro que é arte, mas o ponto principal é você documentar a sua vida, você ter coisas que ajudem você a lembrar. E é isso que faz a fotografia, principalmente a nossa social, a fotografia de gente”.

Assista abaixo à entrevista completa:

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