Fotógrafas brasileiras trazem sua diversidade de linguagem na série “No Olhar”
A História da Fotografia nos mostra que mulheres como Dorothea Lange, Margaret Bourke-White, Ilse Bing, Tina Modotti, Cristina García Rodero, Diane Arbus, entre tantas outras, reuniram seu talento em uma câmera fotográfica e influenciam gerações. No Brasil, Ana Carolina Fernandes, Anna Kahn, Kitty Paranaguá, Marcia Charnizon, Nana Moraes e Simonetta Persichetti são algumas dessas mulheres e seus trabalhos podem ser conhecidos na 2ª temporada da websérie No Olhar.
A crítica de fotografia Simonetta Persichetti traz algumas reflexões sobre o pensamento fotográfico e destaca a importância do estudo sobre a História da Arte e da Fotografia, para quem quer entender o que é essa linguagem. Nana Moraes conta que independente da área de atuação, a fotografia é um modo de expressão, uma narrativa. No seu trabalho pessoal procura dar voz às pessoas excluídas, como na obra “Ausências”, que fala da maternidade nos presídios femininos.
Márcia Charnizon utiliza a linguagem fotográfica para retratar o ser humano em suas mais diversas relações e manifestações. Nos últimos anos, tem sua rotina pautada principalmente pela fotografia de família e seus rituais, com imagens premiadas em Paris e Nova York. No fotojornalismo, Ana Carolina Fernandes é um dos grandes expoentes da atualidade.
“Jornalismo é sangue, lágrimas, chuva, tiroteio, esse é o verdadeiro fotojornalismo do ‘front’, o chamado hardnews”, ressalta a fotógrafa.
Kitty Paranaguá também iniciou sua carreira no fotojornalismo. Ela conta que através desse trabalho teve contato com realidades diferentes da sua e que isso enriqueceu muito seu olhar sobre o mundo. Mas, é no trabalho pessoal que Kitty se conecta com o entorno e suas fotografias poéticas do Rio de Janeiro são um reflexo desse envolvimento afetivo que a fotógrafa estabelece com o espaço onde vive.
Já para a jornalista e fotógrafa Anna Kahn, a função do artista é dar sua opinião por meio da história que é escolhida para ser contada.
“Por que aquele assunto te interessa? Por que a bala perdida me emociona? Por que eu vou pra Belém e me interesso em contar a história de tráfico de seres humanos? Isso fala do meu tempo, fala do meu mundo e acaba dando sentido à minha vida”, completa.
Seu trabalho “Bala Perdida” rendeu a primeira exposição no Instituto Moreira Salles, em 2007 e dez anos depois continua muito atual.
Confira em ordem alfabética o nome das fotógrafas desta segunda temporada:
Ana Carolina Fernandes (RJ)
Anna Kahn (RJ)
Marcia Charnizon (MG)
Nana Moraes (RJ)
Simonetta Persichetti (SP)
Nas próximas semanas:
Kitty Paranaguá (RJ)