Muitos fotógrafos amam a fotografia de natureza e paisagens. Porém, poucos tem a possibilidade e, às vezes, a coragem de enfrentar um vulcão em erupção por 25 vezes e tendo de caminhar a pé no escuro por mais de 1 hora. Mas a fotógrafa Anna Isabella Christensen resolveu mostrar que, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, existe uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza em qualquer situação. Por isso, ela fez uma impressionante série de autorretratos em frente a um vulcão em erupção na Islândia.
Anna faz autorretratos na natureza há 4 anos. E para fazer essa série chamada Eruption Series ela teve que caminhar até o local exatamente 25 vezes. “A caminhada demorava cerca de 1 hora só de ida, mas dependia do percurso. A configuração foi muito fácil quando eu estava fotografando durante a hora azul ou ao nascer do sol, pois tinha um pouco de luz e eu podia ver o que estava fazendo. Depois de ter uma composição em mente, eu tinha apenas 15 minutos para fazer as fotos”, contou Anna.
Dependendo da composição que Anna estava querendo, às vezes, ela tirava apenas 5 fotos e conseguia os resultados desejados. Mas nem sempre foi tão fácil e rápido. Em muitas vezes ela precisou tentar mais de 50 vezes até conseguir uma única foto. E das 25 vezes que ela foi ao local da erupção, Anna diz que cerca de metade delas voltou “de mãos vazias”. As razões por trás deles variaram de condições meteorológicas extremas (tempestades de neve e ventos fortes) a problemas técnicos (obter o foco certo e não conseguir expor corretamente a lava).
“Além do frio, vento e problemas técnicos, outro desafio foi passar minhas noites no local da erupção e tentar dormir durante o dia. Isso foi algo que eu não pude evitar, pois milhares de pessoas caminhavam até o local da erupção todos os dias e eu não conseguiria tirar fotos com as composições que queria sem outras pessoas no meu enquadramento durante o dia. O horário mais silencioso era das 2h às 5h e eu fazia questão de estar lá durante essas horas sempre que a previsão do tempo parecia decente”, contou a fotógrafa.
Apesar da aparente insegurança do local, Anna contou que o local da erupção foi oficialmente aberto ao público, pois foi considerado seguro pelas autoridades islandesas. Além disso, todas as fotos tiradas foram feitas a uma distância segura e ela também fez questão de medir os níveis de gás e considerar a direção do vento para não representar risco à sua saúde. “Em algumas das fotos, parece que estou perto da lava derretida – nunca foi o caso. Nessas fotos, eu estava no topo de uma colina bem acima da lava derretida ”, explicou Anna.
Veja abaixo mais algumas fotos e um vídeo com os bastidores dos autorretratos:
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