Essa é a primeira vez que o mundo pode ver uma foto de um buraco negro. Mais de 200 astrônomos internacionais colaboraram entre si para chegar a esse resultado. O anúncio que é um marco na física foi realizado durante uma coletiva de imprensa simultânea realizada internacionalmente nas cidades de Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio, segundo a Reuters.

Ilustração da trajetória de uma estrela ao redor do buraco negro Foto: M. KORNMESSER/ESO
O Telescópio Event Horizon (EHT) utilizados para a captação das imagens estão espalhados pelo planeta e a partir da técnica interferometria foi possível a captação da imagem. A teoria geral da relatividade de Albert Einstein considera que os buracos negros engolem o que passar perto por causa da gravidade, seu aglomerado de massa de matéria em volume reduzido distorce o espaço-tempo.

Foto: Reprodução / First M87 Event Horizon Telescope Results. I. The Shadow of the Supermassive Black Hole / The Astrophysical Journal Letters
A fotografia mostra um buraco negro que está a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, localizado no centro da galáxia M87. Os cientistas o descreveram como ‘um monstro’ pelo seu tamanho que é 3 milhões de vezes o tamanho do Planeta Terra. O astrofísico da Agência Espacial Europeia, Paul McNamara, contou à agência France Presse que esta imagem uma “façanha técnica excepcional”. A foto só foi possível ser realizada por conta do disco de acreção, a massa formada pelo movimento orbital, a formação do disco é tão quente que emite luz.

“Nós tiramos a primeira foto de um buraco negro. Conseguimos algo que se presume impossível apenas uma geração atrás. Avanços na tecnologia, conexões entre os melhores observatórios de rádio do mundo e algoritmos inovadores chegam a uma nova janela aberta em buracos negros e no horizonte de eventos” diz o diretor do projeto da EHT, Sheperd S. Doeleman.