Esse é um dos fatos sobre a história da fotografia que gostaríamos que fosse mentira. Mas realmente aconteceu. Os primeiros filmes coloridos para câmeras analógicas foram criados para privilegiar a revelação das cores da pele clara.

Os produtos químicos que revestem o filme simplesmente não eram adequados para capturar uma diversidade de tons de pele mais escuros. E os laboratórios de fotografia nas década de 1940 e 50 usaram a imagem de uma mulher branca, chamando esse setup de Shirley Card, para calibrar as cores para a impressão.
A professora da Universidade de Concordia, Lorna Roth, tem pesquisado a evolução das imagens em relação ao tom de pele. Ela explicou em um artigo de 2009 como a tecnologia mais antiga distorcida a aparência de indivíduos negros. Isto produzia imagens faciais sem detalhes e contrastes intensos entre a cor da pele e a cor dos olhos e dentes. Veja a explicação no vídeo abaixo (em inglês):
Muita coisa foi corrigida desde que (embora nem tudo, como explicado no vídeo). Ainda hoje vemos controvérsias sobre a deturpação de indivíduos não-brancos em revistas e propagandas, que aparentemente clareiam a pele de mulheres negras e latinas.

FONTE: VOX