Estudante clica haitianos no litoral de SC

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Segundo números da Polícia Federal, 1,6 mil haitianos estão vivendo em Santa Catarina. Parte de um fluxo migratório que já trouxe ao País aproximadamente 34 mil pessoas. Daqueles, cerca de 700 tentam reconstruir a vida em Balneário Camboriú, famoso destino turístico catarinense. Uma comunidade cujos costumes e língua chamaram a atenção da estudante de fotografia Any Costa, 25.

“Quando a comunidade haitiana começou a vir para o Brasil, eu pensei que não poderia perder a oportunidade de interação com uma nova língua, costumes e cultura”, confirma a catarinense, que está no último ano do curso de tecnólogo em fotografia da Universidade do Vale do Itajaí. “Como não teria recursos e nem coragem para ir visitar um país como o Haiti, quis aproveitar a vinda deles para Balneário Camboriú. Venho estudando sobre eles há mais de dois anos, e buscando referências de grandes fotógrafos documentais para me ajudar com uma direção e um posicionamento”, completa a estudante, que há dez meses mantém contato com os imigrantes.

Any submeteu seu projeto fotográfico à lei de incentivo cultural do município e foi contemplada. Com isso, pôde montar uma exposição fotográfica, cuja abertura ocorre dia 27 deste mês, às 19h30, na galeria do teatro municipal Bruno Nitz, em Balneário Camboriú.

Esperança que nos une, nome da mostra, reúne 20 ampliações 40×60. As imagens são todas em preto e branco, uma opção de última hora, segundo a autora: “Resisti até poucos dias antes de mandar fazer a revelação das imagens, pois queria que fosse colorido. Fotografei tudo em colorido, mas um dia, quando transformei em preto e branco, foi aquele suspiro e pensei: ‘É isso que eu quero, é essa mensagem que quero passar’”, conta Any, creditando ao PB a capacidade de levar o olhar do espectador “direto ao ponto”. “É isso que eu quero, que as pessoas olhem as expressões e emoções deles e pensem sobre, que crie uma dúvida, que deixe uma curiosidade e que desperte um interesse”, acrescenta.

A exposição também terá 50 monóculos à disposição do público, com imagens do making-of. O período de visitação vai até 18 de novembro, com entrada gratuita. Mais sobre o projeto de Any Costa aqui.

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