Primeiro as redes sociais, depois os smartphones e então compartilhar fotografias nunca foi tão fácil. Além de nos possibilitar transmitir nossas experiências, nos permite também preservar nossas memórias. Porém, parece que isso não é assim tão positivo. Um novo estudo descobriu que 58% das pessoas entrevistadas acreditam que o “Fazer a imagem perfeita os impediu de desfrutar de experiências da vida”.
O estudo foi realizado por autores best-sellers do New York Times, Joseph Grenny e David Maxfield, segundo o site Mashable. Eles entrevistaram 1623 pessoas para saber como as mídias sociais afetam a vida. Maxfield decidiu explorar o assunto depois de sair de férias com sua família em seu aniversário de 60 anos e descobrir que ele estava mais focado em documentar os momentos do que em vivê-los.
Dos entrevistados, 14% admitiu ter arriscado a própria vida para conseguir a foto perfeita. O comportamento dos outros também fez parte da pesquisa: 91% dos participantes do estudo relataram ter visto turistas perdendo momentos memoráveis porque estavam ocupados demais tirando e compartilhando fotos dos lugares que visitavam. “Eu dei bronca no meu filho e ele fez uma birra tão engraçada que eu dei bronca nele novamente apenas para que eu pudesse fazer um vídeo”, disse um dos entrevistados. “Depois de postar no Instagram, eu pensei: ‘O que acabei de fazer?'”.
Maxfield conclui que as pessoas mais obcecadas com capturar momentos perfeitos para compartilhar nas mídias sociais são muitas vezes aqueles que menos têm a felicidade na vida. Ele sugere tornar-se mais auto-conscientes, limitar o uso pessoal de mídia social, dando um tempinho pro smartphone, e intencionalmente experimentar a vida em vez de simplesmente documenta-la. Veja abaixo gráfico (em inglês) da pesquisa: