Essas imagens com longa exposição são diferentes das que estamos acostumados

O fotógrafo Chris McCaw faz um tipo de longa exposição diferente das quais estamos acostumados a ver. Ele escreve com a luz de uma forma intensa. McCaw usa o próprio sol, nossa maior fonte de luz disponível, para desenhar pequenos furos em suas fotografias, e estes furos ficam parecendo o próprio sol.

A série “Sunburn” (“Queimadura de sol”, em inglês) surgiu sem querer. McCaw esqueceu de fechar o obturador durante uma longa exposição que durava a noite toda. A luz do sol pela manhã destruiu tudo o que ele tentou fazer na noite anterior, e invadiu a imagem de tal forma que inspirou McCaw a experimentar novas fotos.

“O assunto da fotografia (o sol) transcendeu a ideia de que uma fotografia é simples uma representação da realidade, e fisicamente veio por dentro da lente e colocou sua mão sobre a peça final. Este é um processo de criação e destruição, tudo acontecendo dentro da câmera”, comenta o fotógrafo.

Chris fotografa com de forma analógica, com papel de gelatina de prata (“gelatin silver process”), e o que aconteceu inicialmente foi que o a luz do sol, focada através da lente, queimou o papel apenas em um ponto, criando um furo. O processo é o mesmo que usar uma lupa para queimar um buraco em uma folha.

“A intensa luz do sol nascente estava tão focada e poderosa que mudou fisicamente o filme, criando uma nova maneira de pensar na fotografia”, diz McCaw.

E não somente o buraco no filme transformou a foto, como a inversão tonal criada pela exposição. Graças a exposição à luz extremamente intensa ocorreu um efeito chamado solarização, “uma reversão natural da tonalidade através da exposição excessiva”. Para algumas obras ele utiliza apenas um papel e para outra vários papéis fotosensíveis criando uma sequência do movimento solar. Conheça mais do trabalho de Chris McCaw no site do fotógrafo.