Ensaio em Paris: presente para o fotógrafo

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Está na moda os casais brasileiros passarem a lua-de-mel em Paris. O que é uma sorte para os fotógrafos daqui, que arrumam uma boa desculpa para visitar a romântica capital europeia e ainda ganhar com isso, seja em rodagem internacional ou capitalizando com o próprio trabalho.

Eduardo Perazzoli, fotógrafo social em Ji-Paraná (RO), 28 anos, ganhou esse presente de Renata e Diogo, casal da pequena Primavera de Rondônia, no interior do estado. No final do ano passado, eles encomendaram seu casamento ao fotógrafo, que tem cinco anos de mercado.

Quando Eduardo soube para onde seus clientes planejavam viajar após a cerimônia, que ocorreu mês passado, não titubeou: sugeriu a eles um ensaio Trash the dress na Cidade Luz, usando como ferramenta de convencimento umas fotos que havia feito em Gramado (RS) em janeiro. Até então, sua experiência internacional se resumia a países vizinhos nossos.

Segundo ele, foi amor à primeira vista. O casal adorou a ideia e, desde então, Eduardo e a esposa Priscila Gonçalves, 27, trataram de se preparar para a grande missão. “Meses antes da viagem [eles embarcaram no último dia 17] já começamos a nos preparar, através de sites e blogs, conhecendo todos os eventuais problemas que poderíamos enfrentar, como também planejando um roteiro para a sessão de fotos”, explica.

Eduardo estava preocupado com a logística. “Chegamos a Paris três dias antes dos noivos e aproveitamos esse tempo para nos certificar de que todas as informações que colhemos antes da viagem eram verdadeiras. Por sorte, várias delas se transformaram em mito. Por exemplo, os táxis: algumas pessoas na internet reclamavam que era impossível pegar um táxi em Paris em qualquer lugar e, na verdade, não tivemos nenhum problema a esse respeito, encontramos um táxi em todas as esquinas que procuramos”, conta.

Outra boa surpresa foram os barcos que fazem a travessia do Rio Sena e passam por diversos pontos turísticos da capital, entre eles a Torre Eiffel, o Museu do Louvre e a Catedral de Notre-Dame. “Adotamos esse meio de transporte para as fotos, e foi muito bem-sucedido”, diz.

Terreno mapeado, quando os clientes chegaram o casal estava pronto para entrar em ação. Primeiro a maquiagem e cabelo da noiva, que Priscila se encarregou de fazer no próprio hotel, facilitando as coisas. Após isso, foram duas sessões, uma de manhã e outra à tarde, totalizando sete horas de ensaio.

 

O único inconveniente para fotografar foi a presença constante de turistas nas locações – era um final de semana e a cidade “fervia”. O jeito foi apelar para uma lente grande-angular, de 14 milímetros: “Assim, eu conseguia me aproximar dos noivos, mostrar o cenário e compor, com o menor número de ‘intrusos’ possíveis”, acrescenta o fotógrafo, que utilizou também lentes 50 e 85 milímetros, além da Nikon D3s, um flash SB-910 e radioflash Digi8 TTL.

Ao final da aventura, o sorriso largo de quem vê a boa repercussão pelo trabalho bem-feito. “Temos recebido elogios de todo o país, e noivas de vários estados já começaram a nos procurar para novos ensaios no exterior”. Melhor deixar a mala a postos.

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