A Roda de Fotógrafos é um movimento que realiza encontros mensais gratuitos com a intenção de criar um espaço para a apresentação e reflexão crítica de trabalhos de fotógrafos reconhecidos. Na edição de março, Sergio Ranalli e José Kalkbrenner são os convidados, no próximo dia 09/03 (quinta-feira), no Museu Oscar Niemeyer. O evento é gratuito.
Ranalli é editor de fotografia do jornal Folha de Londrina e paralelamente desenvolve projetos autorais, onde registra o homem, a natureza e populações isoladas. Natural de Curitiba, Kalkbrenner foi o primeiro fotojornalista a registrar a taça Jules Rimet, em 1958, quando a Seleção Brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O encontro, que é gratuito e aberto ao público em geral, acontece a partir das 19h30 no Auditório Poty Lazarotto.
Atualmente Sergio Ranalli tem se dedicado ao desenvolvimento do projeto “Onde o verde não termina”, formado por imagens aéreas de arvores isoladas. Com o projeto, o fotógrafo instiga a discussão sobre a dualidade entre o homem e a natureza. Também é tema recorrente em seu trabalho o registro da vida de populações isoladas, seja nas barrancas de rios na Amazônia, até nos pequenos vilarejos rurais do interior do Paraná.
Com trabalhos documentais, Ranalli já conquistou o prêmio Porto Seguro Fotografia e foi finalista do Prêmio Conrado Wessel. Já com o fotojornalismo recebeu três vezes o primeiro lugar do prêmio Massey Ferguson de Jornalismo, e o primeiro lugar dos prêmios New Holland de Fotojornalismo e Fiep de Jornalismo.
Participou de exposições em diversos países da América Latina e na sede da UNESCO em Paris-França. No Brasil, fez quatro exposições individuais: “Africas Invisiveis” – no Panteão da Pátria, em Brasília, “Retratos do Haiti” em Bertioga – (SP), “Fronteira Invisível”, em Londrina (PR) e “Cores da Solidão”, no Espaço Porto Seguro Fotografia, em São Paulo (SP).
José Kalkbrenner Filho nasceu em Curitiba em 1931. Iniciou na fotografia com 15 anos de idade, atuando como fotojornalista, fotógrafo publicitário e em eventos sociais. Fundou a Fototecnica em agosto de 1962, onde trabalhou com inúmeras agências de publicidade e se dedicou ao estúdio.
Foi o primeiro fotojornalista a romper o cerco que impedia de fotografar a taça Jules Rimet. Kalkbrenner fez o registro quando a Seleção Brasileira chegou ao Brasil após conquistar pela primeira vez o Campeonato Mundial, em 1958, entrando pelos fundos com as esposas dos jogadores na festa de comemoração na CBF. O furo jornalístico rodou o mundo.
Atualmente fotografa para seus projetos autorais em que mergulha na beleza do mundo. Registrou nos últimos anos o cotidiano e paisagens de lugares como a China, Grécia e o Canadá. “Faço pelo menos uma grande viagem por ano”, diz Kalkbrenner.
Fonte: Paula Melech