Eclipse solar é algo que já chama atenção por si só mas esse fotógrafo conseguiu criar imagens incríveis. Tudo bem que a ideia das fotos é meio clichê mas não podemos negar que são boas e engraçadas. O eclipse solar em questão aconteceu no Chile, onde o céu é perfeito para a astrofotografia.
O fotógrafo Albert Dros queria fugir da mesmice das imagens de eclipse e usou como modelo o amigo Bart Lablans. Ele contou ao site PetaPixel sobre a sua experiência. “Eu decidi improvisar um pouco no local e fotografar um modelo fazendo algumas poses na frente do eclipse”, ele diz. “Isso foi possível, pois havia uma colina próxima que se encaixava perfeitamente no ângulo do eclipse solar”.
Para captar as imagens ele utilizou uma 100-400 mm e um teleconversor de 1.4x, o que ajudou no processo de captar a lua e a pessoa ao mesmo tempo. Imagens criativas de momentos surreais, é isso o que a fotografia proporciona a quem está disposto a vivê-la intensamente.
Outro caso famoso de captura de eclipse solar
A foto de um beduíno com seu camelo iluminado por um eclipse solar, no deserto de Dubai, viralizou nas redes sociais em todo o mundo. Sua composição é absolutamente espetacular! Muita gente chegou a suspeitar que a imagem era uma montagem tamanha a perfeição do alinhamento dos elementos. Mas o autor da foto, o fotógrafo Joshua Cripps, em entrevista ao site Bored Panda, explicou todo o planejamento necessário para a captura da imagem.
oshua estava indo a uma conferência de fotografia em Dubai quando recebeu uma dica de um amigo que aconteceria um eclipse solar nos dias seguintes. “Um amigo meu usa o aplicativo PhotoPills, que ajuda os fotógrafos a planejar fotos e, portanto, ele sempre sabe quando e onde os próximos eclipses, chuvas de meteoros, Via Láctea e tudo mais serão, então ele me disse: ‘Você sabe que haverá um eclipse anular bem perto de Dubai no dia seguinte ao Natal.’ Então que decidi estender o tempo da minha viagem e ficar mais tempo nos Emirados Árabes só para fotografar esse eclipse.”
Mas não pense que Joshua ficou lá no deserto e contou apenas com a sorte para fazer a foto. Ele planejou meticulosamente tudo bem antes. “Depois de fazer um pouco de pesquisa, criei uma lista de coisas que achava que seriam um assunto marcante – algo que é ao mesmo tempo representativo da região e algo que pareceria estético na foto. Essa lista incluía mesquitas, beduínos, dunas de areia e animais.” Depois da pesquisa Joshua optou por tentar fazer uma composição que tivesse na imagem um camelo, as dunas, um beduíno e ao fundo o eclipse. O homem e o camelo apareceriam como silhuetas com um leve brilho de luz nos contornos.
Para montar a composição nessas proporções, Joshua usou uma regra matemática bem básica. “Existe um cálculo chamado de regra dos 100: você escolhe o tamanho que deseja que o sol apareça e multiplique por 100, e isso fornece a distância de filmagem/fotografia. Então, para obter um sol de 3 metros, eu precisava ficar a 300 metros de distância do camelo”, contou o fotógrafo.
Com tudo planejado e calculado, Joshua contratou um beduíno com um camelo e foi para o deserto bem cedo no dia do eclipse. E antes do grande momento, testou meticulosamente a posição do beduíno e do camelo numa duna mais alta. Tudo perfeitamente arrumado na composição, Joshua foi para uma duna menor a 300 metros de distância para ter o ângulo perfeito. Tudo pronto e começou o eclipse, que durou apenas 3 minutos. Então, Joshua teve que ser rápido na hora de fotografar e conseguiu fazer 133 imagens do começo ao fim do eclipse e no meio delas conseguiu o ângulo, composição e luz perfeita.
Para fazer as fotos Joshua usou uma lente 200-500 mm f / 5.6 conectada com um adaptador, que aumentou a distância focal máxima de 500mm para 750 mm, uma abertura de f/8, velocidade de 1/100, ISO 200, exposição manual e medição matricial. Joshua também colocou um filtro ND de 10 pontos (densidade neutra) na frente da lente.