Drones: perigo à vista?

O uso de drones deve se expandir cada vez mais em todo tipo de sessão fotográfica, principalmente porque o mercado começa a se tornar concorrido e baratear preços. A questão é: qual o preparo necessário para o uso deste equipamento? Conversamos com o videomaker Daniel Cajal, proprietário da Milkie Studios, de Balneário Camboriú/SC. Ele utiliza drones há algum tempo e nos deu algumas dicas sobre esses supostos “brinquedinhos”.

Drone no ar, equipado com uma câmera Go Pro. | Foto: Flickr/Don McCullough
Drone da DJI no ar, equipado com uma câmera Go Pro. | Foto: Flickr/Don McCullough

A preocupação em conversar sobre o assunto surgiu principalmente ao assistirmos o vídeo abaixo. O casal de noivos do vídeo foi atingido por um drone em alta velocidade, em uma manobra arriscada demais. Para Daniel Cajal, o piloto do vídeo é inexperiente. “Já na decolagem percebem-se manobras bruscas e correções sem precisão. Aos 1:12, o drone cai em queda livre colidindo contra o solo e volta a voar”.

Além disso, o local escolhido não é apropriado, “local cheio de árvores, com obstáculos e sem uma distância segura para os noivos”, analisa Cajal. O videomaker explica que, fora a gafe da pilotagem, o fotógrafo/piloto do drone não parece ter muita noção de enquadramento nem de configuração da câmera. “Resumindo, um case de como não se deve utilizar um drone”.

Foto: PetaPixel/Divulgação
Foto: PetaPixel/Divulgação

Daniel Cajal adquiriu seu primeiro drone em 2009, importado da China. Ele conta que teve dificuldades em aprender a pilotar pela falta de informação disponível na época. Porém, hoje o conteúdo é difundido, com simuladores e até workshops para futuros pilotos.Trabalho com filmagens aéreas há mais de 5 anos e continuo praticando semanalmente em simuladores e com um drone de treino que temos na produtora”, explica.

Apesar de não existir uma legislação específica sobre pilotar drones no Brasil, ele alerta que a aparência de brinquedo pode causar a impressão de serem inofensivos, o que não é o caso. Nos EUA, já existem lugares onde não se pode pilotar estes equipamentos. Daniel Cajal acredita que não há limites para a utilização do equipamento, pois cada produção é única, mas é preciso prudência e bom senso. “A popularização do drone revolucionou a indústria audiovisual mundial, de certa forma é natural acontecer muitos erros e acidentes como o vídeo do casamento. Por isso é muito importante aprendermos uns com os outros para evitar este tipo de problemas”.

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