Não foi na primeira tentativa que a fotografia surgiu. O francês Joseph Nicéphore Niépce, devia imaginar que levaria anos até a primeira imagem acontecer de verdade. Os experimentos fotográficos começaram em 1793, baseado em química e matemática. As primeiras tentativas de capturar imagens foram frustrantes, elas desapareciam rapidamente.
Foi em 1824, trinta e um anos após os primeiros experimentos, que as técnicas começaram a dar certo. Mas a primeira fotografia ainda existente, foi realizada em 1826, através do processo de heliografia. Niépce recobriu uma placa de estanho com betume branco da Judeia, assim que atingido pela luz ele endureceria. A primeira fotografia demorou oito horas de exposição da janela de Niépce, em Borgonha, na França.
A história conta que Niépce fechou um contrato com Daguerre, explicando todo o procedimento da captura de imagens, e antes de morrer em 1833, entregou suas obras nas mãos de Daguerre, que deu continuidade aos estudos. Em 1839, Daguerre conseguiu a mesma proeza que Niépce, capturar uma imagem em uma chapa metálica, porém, em menor tempo.
O aparelho inventado recebeu o nome de Daguerreótipo. O processo químico consistia em uma chapa de cobre, revestida de prata e sensibilizada com vapor de iodo, posicionada em uma câmera escura, que ficava exposta à luz durante vinte minutos, depois era revelada com vapor de mercúrio e fixada com hipossulfito de sódio, assim a imagem era gravada por tempo indeterminado.
Portanto, a fotografia não foi inventada por apenas uma pessoa, e assim é como funciona até hoje. O fotógrafo não realiza o processo sozinho, sempre há algo ou alguém que está ali para ajudá-lo, desde um assistente, modelo, as pessoas fotografadas nas ruas, nas guerras, e as interferências naturais. O procedimento técnico é muitas vezes o que determina o modo como aquela fotografia vai existir, mas sempre há uma interferência exterior e interior.
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