Puaki, um projeto sobre a cultura das tatuagens Maori

As marcas no corpo fazem parte da cultura Maori mas sumiram nas fotografias de Michael Bradley. O projeto intitulado Puaki utiliza placas úmidas para realizar as fotografias aqui apresentadas. A ideia não é mostrar como essas pessoas são sem as tatuagens, mas sim alertar para a sua eliminação na humanidade.

A técnica utilizada por Bradley é conhecida como wet collodion, que o fotógrafo utiliza desde 2013, e foi por meio do encontro com essas placas que ele descobriu o conceito Puaki, em sua análise Bradley percebeu que nas imagens as tatuagens estavam sumindo, foi então que ele resolveu realmente pesquisar sobre o assunto.

“Na cultura Maori, acredita-se que todo mundo tem um tā moko sob sua pele, esperando para ser revelado”, escreve o Museu Te Kōngahu em Waitangi. “O problema é que quando as fotografias de tā moko foram originalmente captadas na década de 1850, as tatuagens mal apareceram. O método fotográfico de placa molhada usado por colonos europeus serviu para apagar esse marcador cultural, e ao longo dos anos Isso também aconteceu na vida real. A arte antiga do tā moko foi cada vez mais reprimida quando os Maoris foram assimilados pelo mundo colonial.” conclui a descrição.

Desde os anos 90 o número vem aumentando e o nome do projeto de Bradley significa justamente “sair, mostrar, abrir, emergir, revelar, testemunhar”. A intenção é ainda conscientizar sobre a cultura e disseminá-la pelo mundo cada vez mais, evitando que se perca ao longo dos anos.

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