Uma das principais atividades do festival Paraty em Foco, a Convocatória Portfólio em Foco tem a missão de revelar novos trabalhos e apontar para novas tendências na fotografia. Os ganhadores são premiados com uma exposição de destaque no evento. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de julho.
Os trabalhos selecionados são publicados na página da Convocatória à medida em que são avaliados. Serão escolhidos 10 finalistas em cada uma das categorias, dentre os quais 3 ganhadores, que serão convidados ao PEF com todas as despesas de estadia e alimentação em Paraty pagas pelo Festival. Na semana passada, apresentamos algumas das imagens pré-selecionadas na categoria Foto Única. Veja agora algumas das séries escolhidas na Convocatória Portfólio em Foco:
“Sertões: Um Brasil sem Igual” de Fábio Elias
Segundo o autor, a série surgiu a partir do desejo de documentar um Brasil ainda pouco conhecido para sua grande maioria da população, buscando movimentos culturais que pudessem retratar a essência da diversidade do nosso país.

“Mulheres da Maré” de Kristin Bethge
Em 2015, a fotógrafa alemã acompanhou por dois meses as moradoras da favela da Maré, no Rio de Janeiro. Ela registrou o seu cotidiano, a força, a fé e a energia que as mulheres desta favela demonstram e espalham por onde passam.

“O Nego Fugido” de Nelson de Castro
Baseado em um espetáculo da cultura popular santamarense que funde elementos da dança, da música, do candomblé e do teatro, a série registra uma manifestação popular única, mantida há pelo menos um século e que reencena a luta pela libertação dos escravos.

“Serpentear” de Aline Macedo
Nesta série de Aline Macedo, a câmera é mediadora de um processo ritualístico de despedida que registra aquilo que vai em breve desaparecer.
“Uma mulher deseja livrar-se do peso de ser sempre uma só e então ver-se corpo outro a habitar espaços. O desejo propõe a experiência de algo além do conforto inerente ao ato de se performar com cabelos longos e cacheados, marca definidora de sua identidade por todos aqueles que a conheciam.”

“Mnemosine” de Natane Santos
O projeto surgiu a partir da perda de um ente querido da fotógrafa e do “medo frente a possibilidade de que, algum dia, as memórias que me constituem e fazem parte da minha história sejam destruídas ou danificadas”.

“O Irracional, o Surreal, o Onírico, a Essência Animal” de André Pinto Donadio
O ensaio de Donadio tem como objetivo proporcionar ao espectador um sonho, uma dissociação da realidade racional, principalmente, em tudo que se refere ao senso comum de nudez, a sexualidade, a sedução e ao proibido.

“Contraversão” de Verônica Marques Martins
Neste ensaio, através de uma série de autorretratos, a fotógrafa se coloca em algumas das situações que os animais vivem todos os dias com a intenção de mostrar como nossa empatia deve se estender para esses animais e como podemos nos colocar no lugar deles.
“Os Normais” de Pol Kurucz
A série de Kurucz discute o que é normal diante das normas instituídas pela nossa sociedade, registrando um grupo de pessoas que podem ser consideras como sendo excêntricas, estranhas e lunáticas, mas que aos olhos do fotógrafo, são “Os Normais”.

“Lipstick” de Samuel Rosa
Diariamente somos bombardeados por imagens padronizadas do corpo humano. Com a série “Lipstick”, o autor busca representar estes padrões de beleza impostos/idealizados pela sociedade, ironizados através do recorte, colagem e costura de imagens de partes do corpo humano, fazendo assim, menos aos processos cirúrgicos a que muitas pessoas se submetem em busca de uma beleza muitas vezes surreal.
