Acompanhar um projétil disparado de um tanque com uma câmera parece algo impossível, uma vez que o projétil viaja a mais de 1.500 metros por segundo. Porém, de alguma forma, existem vídeos mostrando balas atiradas por armas de fogo e flutuando pela internet. Aqui está um vídeo do canal Curious Droid que desvenda do mistério das câmeras de alta velocidade e explica como elas funcionam:
“Na filmagem, parece que a câmera está girando e seguindo o projétil. Mas isso seria impossível, já que o objeto está viajando numa velocidade maior que 1.500 metros por segundo”, explica o apresentador Paul Shillito.
Esse tipo de registro é possível graças ao movimento dos espelhos. Os sistemas mecânicos são capazes de mover um espelho na mesma velocidade que o projétil para que o ângulo de reflexão permita que a câmera filme em alta velocidade. Veja abaixo um modelo de câmera com espelho controlado por computador para acompanhar o movimento do objeto:
Sistemas como este têm sido usados por muitos anos para filmar eventos incrivelmente curtos, como os primeiros momentos de uma explosão nuclear. Desenvolvida pelos britânicos no final da Segunda Guerra Mundial, a câmera C4 tinha um espelho rotativo e pesava 2.000kg. Na época, era a câmera mais rápida do mundo graças à sua capacidade de filmar 7 milhões de frames por segundo.
Esse tipo de câmera de espelho rotativo ainda é usada atualmente, mas a tira de filme foi substituída por uma tecnologia mais moderna. Uma dessas câmeras é a Cordin Model 510, capaz de produzir 25 milhões de quadros por segundo. O espelho é executado em 20.000 revoluções por segundo e a câmera proporciona imagens com resolução de 616×920 pixels.
Fonte: PetaPixel