Buscamos imagens fortes e reais, que expressem sentimentos, que sejam capazes de falar sem palavras – às vezes, até gritar. Mas como encontrar essa fotografia?
A criação de uma fotografia está muito além do equipamento e de simplesmente clicar. Ela se dá no encontro entre a percepção, o entendimento e o disparo, e a busca é constante por esse encontro.
O segredo para enxergar a realidade mais íntima de cada um está em reunir a conexão, a simplicidade e a aceitação. Dessa forma, tudo acontece naturalmente e as poses criam-se sob nossos olhos sem muitos esforços.
A fotografia possui força quando nos faz pensar e nos leva para dentro dela, fazendo o tempo parar em meio ao movimento. Fotografar é enxergar o exato momento em que se complementam as formas geométricas, a composição, a luz, a emoção e a alma e quando esse encontro acontece é inexplicável e inconfundível para quem o sente.
Para fotografar o sentimento, a felicidade e a alma, é preciso ser feliz e acreditar que temos uma alma. É verdadeira a frase: “Não podemos dar o que não temos”. Por isso é necessário cuidar do que temos dentro de nós, das experiências que adquirimos, além de perceber a liberdade que o conhecimento nos proporciona e a segurança que os valores pessoais nos trazem para então fazer uma fotografia comprometida com o mundo, verdadeira, que possa representar tanto a nossa existência quanto a da pessoa fotografada.
Para retratar pessoas é preciso ir além do que os olhos podem ver, resgatar e captar a essência da alma e torná-la visível através da fotografia. Este é o meu propósito pessoal, é isso que busco, pois só encontramos aquilo que buscamos.