Como as capas de revistas mudaram nos últimos 100 anos
Um século é tempo suficiente para a cultura mudar por completo. Na verdade, uma década às vezes já é capaz de fazer isso, então quem dirá 100 anos. Os designers Karen X. Cheng e Jerry Gabra decidiram explorar esse assunto, com uma pesquisa que nos mostra diferenças (às vezes drásticas) de estilo, design e posicionamento editorial das capas de várias revistas mundialmente famosas.
“Eu compilei os últimos 100 anos de capas de várias revistas top”, disse Cheng ao site PetaPixel. “Capas de revistas têm de competir umas com as outras para se destacar na prateleira de notícias, e é realmente interessante notar para onde esses 100 anos de evolução levaram as capas”.
“As capas da Cosmopolitan começou com mulheres vestidas de forma conservadora. Então elas começaram a mostrar um pouco de pele. Em seguida, mais pele. Finalmente, elas começaram a posar em posições sensuais”, Cheng. “Como as mulheres ganharam mais direitos ao longo dos anos, elas ganharam o direito de usar também tudo o que bem entender. Ou talvez isso só vende mais revistas?”
Aqui estão algumas comparações lado-a-lado mostrando capas vintage ao lado das modernos:
TIME
GQ
NATIONAL GEOGRAPHIC
“Surpreendeu-me notar que as capas da National Geographic sempre tiveram tanto texto na maioria de sua existência”, diz Cheng. A revista não mudou para sua icônica capa inteira com fotografia até a década de 1960, décadas depois que revistas como Vogue e Cosmopolitan já publicavam fotos de página inteira.
SEVENTEEN
Na Seventeen, uma revista para adolescentes, foi possível notar que cada vez mais se intensifica o olhar sobre o corpo das meninas.
Parece que a maioria revistas, independentemente de como começaram com suas capas, convergiram para uma fórmula experimentada e verdadeira: um retrato fotográfico de uma pessoa atraente ou famosa com o texto corajoso que é projetado para agarrar sua atenção. “Esta é a fórmula que vende revistas”, Cheng escreve.
VANITY FAIR
VOGUE
“Juntas, estas capas de revistas revelam nossa história. Claro, ficamos mais sexualizados. Mais superfíciais. Lemos menos. Temos mais curtos períodos de atenção”, diz ela. “Mas nós temos também a mente mais aberta. A cada passo ao longo do caminho, a sociedade tem empurrado os limites do que é aceitável consideravelmente”. Confira o artigo completo (em inglês) clicando aqui.
