Impactos do desastre de Chernobyl, na Ucrânia, são até hoje observados e estudados pela ciência. A contaminação, na época, se espalhou em uma nuvem de radiação, afetando tanto pessoas quanto animais e plantas.
Hoje Pripyat, a localidade vizinha onde moravam os trabalhadores de Chernobyl, é o que chamamos de cidade fantasma. No início de 2014, o fotógrafo Andrew Leatherbarrow resolveu ir até o local e, através de fotografias feitas por ele e também reunidas de arquivos, contar a história do que ficou. Ele escreveu um texto sobre a pesquisa (em inglês). Na época, a cidade de Pripyat foi evacuada. Hoje edifícios abandonados, apartamentos e hospitais ainda guardam objetos pessoais daqueles que moravam ali.
Para Leatherbarrow, muitas informações foram escondidas. “Há uma quantidade surpreendente de informações imprecisas e contraditórias sobre os acontecimentos. Isso pode ser atribuído em muitas maneiras às mentiras contadas pelo governo soviético durante os cinco anos após o acidente, mas mesmo em livros lançados desde então eu não li um único título que não contenha pelo menos um erro verificável”, escreve ele.
A intenção do fotógrafo, tanto com as imagens quanto com o texto, é apresentar uma verdade definitiva sobre o acidente. Leatherbarrow foi Pripyat e fez um levantamento de notícias e entrevistas para recontar a história do acidente. Ele reuniu também reuniu muitas fotos da época (há conteúdo explicito).
“Incrivelmente, verificou-se mais tarde que nunca houve uma prática anti-incêndio adequada na usina, o procedimento de combate a incêndios em Chernobyl era quase idêntico a qualquer outro industrial, sem levar em conta a possibilidade de exposição à radiação – tão confiantes estavam os homens em Moscou de que nada poderia dar errado”, escreve o fotógrafo.
FONTE: B9