Câmeras mirrorless: tendência que vem crescendo

Já faz algum tempo que elas chegaram ao mercado. A primeira a ser lançada foi a Leica M8, em 2006, mas só há cerca de dois anos as câmeras mirrorless de lentes intercambiáveis começaram a ficar mais populares e a cair no gosto dos profissionais. A certeza da funcionalidade e qualidade das DSLR ainda deixa muitos fotógrafos receosos quanto a essas pequenas potentes, mas as mirroorless querem ganhar o mercado.

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Anderson Miranda: câmeras mirrorless deixam as pessoas mais à vontade

Anderson Miranda, fotógrafo paulistano autor do DVD Trash The Dress (iPhoto Editora), diferente da maioria dos colegas fotógrafos de casamento, é adepto e confia no potencial desse tipo de câmeras. Ele acredita que haja “sem dúvida, uma tendência” de uso desses equipamentos no seu segmento. Anderson, que tem a Fuji X como preferência, credita como pontos fortes das mirrorless a leveza, discrição e estilo. “Uma câmera menor, que não chama muita atenção, deixa as pessoas mais à vontade”, explica. Além disso, dão certo charme à função: “As Fuji têm um design mais retrô, tem pessoas que perguntam se é de filme”, conta o fotógrafo.

Algumas pessoas possuem a ideia errada de que, para cobrir um evento grande como um casamento, também são necessários equipamentos de volume, mas Anderson afirma que a qualidade da imagem de uma mirrorless, em alguns casos, é superior a das DSLR. Miranda já usa a pequena em ensaios Trash the dress, pré-casamento e making-of dos noivos. Nas cerimônias, a utiliza em 80% do tempo; nas festas a proporção é menor: sua Fuji cumpre com 30% do trabalho.

Seu modelo de câmera (assim como as mirroless de outros fabricantes) pode ser equipado com vários tipos de lentes, mas as que Anderson mais usa para fotografia de casamento são as 18-55mm f/2.8-40, 35mm f/1.4, 56mm f/1.2, 60mm f/2.4 macro e olho-de-peixe 8mm f/2.8. Sobre as diferenças técnicas em relação às câmeras reflex, a vantagem das compactas aparece na pós-produção, cita Anderson. As câmeras sem espelho geram Jpegs com excelente qualidade e alcance dinâmico muito bom, ele afirma: “Estou clicando tudo com Jpeg (antes era Raw). O fluxo de trabalho está mais rápido e leve”.

Apesar de possuir suas vantagens, assim como tudo na vida, as mirrorless também têm desvantagens: o tempo de reação ao clique em sequência é mais lento que as DSLR: “O primeiro clique é imediato, quase não se sente a diferença, mas quando se clica repetidamente, as DSLR são mais responsivas”, diz Anderson, que também adiciona que o desempenho do foco no escuro não é dos melhores: “Não dá para trabalhar na pista de dança à noite numa festa tão facilmente”, reconhece.

Veja algumas fotografias de Anderson Miranda feitas com sua mirroless:

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