Aderir ou não às mirrorless: argumentos pró e contra

Após décadas de reinado incontestável, parece que finalmente as câmeras reflex encontraram uma concorrente de peso. Compactas e sofisticadas, as mirrorless (câmeras sem espelho) estão conquistando terreno no segmento profissional, até então um “feudo” das SLR, colocando em evidência marcas onde antes só havia espaço para as poderosas Canon e Nikon.

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A nova aquisição de Claudia Regina: “Cabe na palma da mão!”

A todo o momento aparecem notícias do que parece um ser “êxodo” dos profissionais para essa nova classe de equipamento. O segmento social tem sido pródigo de “vira-casacas”. Porém, enquanto alguns se lançam alegremente no novo mundo das mirrorless, outros mantêm o pé atrás.

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Tamires Moreira: ainda não é o momento (foto: Samuel Casimiro)

Uma representante do segundo time é Tamires Moreira, brasiliense de 27 anos de idade. Formada em moda e fotógrafa profissional há quase dois anos, ela publicou no fim de setembro um artigo em seu blogue (leia aqui), no qual explica porque não usa (“e provavelmente nunca vou usar”) câmeras mirrorless.

Tamires lista três razões pelas quais se mantém fiel às reflex: a construção da nova câmera limita o efeito criativo da profundidade de campo, em sua opinião, assim como a relação custo-benefício das lentes desenhadas para as mirrorless não lhe parece ideal, nem o desempenho em ISOs altos.

“Desse jeito parece que as mirrorless só possuem defeitos. Mas isso não é verdade”, concede a brasiliense. “São câmeras boas que têm uma série de pontos positivos. Só acho que ainda é cedo para substituir as DSLRs convencionais”, conclui.

O outro lado da moeda é representado por Claudia Regina. A paranaense moradora do Rio de Janeiro, 25 anos de idade, autora de ensaios femininos e do popular Dicas de Fotografia, publicou em outubro no blogue sua defesa das câmeras sem espelho (leia aqui).

Aline e Beto
Acima, foto de Tamires, ainda fiel às reflex. Abaixo, trabalho de Claudia Regina, feito com mirrorless

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Proprietária de um modelo X da Fuji desde o mês de julho, a blogueira elogia principalmente o tamanho e o peso do novo equipamento: “Foram decisivos para mim”. Claudia também curtiu a economia de botões, o menu enxuto (“sem muitas frescuras”) e a construção sólida da sua câmera. No mais, não vê grandes diferenças. “Continuo fotografando igual, com as mesmas lentes, e a câmera tem a mesma qualidade da minha antiga Canon 7D”, afirma.

As câmeras mirrorless vão dominar o mercado? Tudo indica que sim, especialmente porque estão se sofisticando a cada novo lançamento. No quesito qualidade, já se colocam a ombro com a concorrência. Mas o mercado fotográfico é dinâmico e alguns segmentos talvez prefiram deixar as coisas como estão. Se você está se debatendo entre aderir ou não, tudo é questão de pesar prós e contras. Principalmente, de avaliar o que se aplica melhor ao seu cotidiano profissional. Em casos assim, a necessidade é a melhor conselheira.

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