As aventuras de Pi: “Insulto à fotografia!”

O diretor australiano Christopher Doyle verbalizou o que talvez  muita gente do meio fotográfico andava pensando desde o anúncio do Oscar de fotografia para As aventuras de Pi. Porém, de um modo nada educado.

“Eu acho que é um insulto para a fotografia”, esbravejou o australiano, responsável pela fotografia de filmes como Herói (2002) e 2046 – Os segredos do amor (2004). O comentário foi feito ao site Bloui Artinfo. Segundo Doyle, o excesso de manipulação nas imagens deveria descredenciar o chileno Claudio Miranda, diretor de fotografia do filme, a ganhar a estatueta.

“Eu tenho certeza que ele é um cara maravilhoso e tenho certeza que ele se preocupa muito, mas, uma vez que 97% das imagens do filme não estiveram sob seu controle, que m… você está falando sobre fotografia?”, disparou o diretor, argumentando que, “se alguém manipulasse a minha imagem tanto, eu nem aceitaria competir”.

O filme de Ang Lee conquistou quatro Oscars, porém também coleciona polêmicas. Além de uma controvérsia envolvendo a indústria de efeitos visuais em Hollywood (a empresa que produziu as cenas, Rhythm & Hues, decretou falência), o livro no qual o filme foi baseado, escrito por Yann Martel, é acusado de ser um plagio de Max e os Felinos, de 1981, do escritor gaúcho Moacyr Scliar (1937-2011).

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