O fotógrafo Chris Engman apresenta suas fotos de paisagem em grande escala de uma maneira incomum: em vez de exibi-las como impressões em 2D, montadas em suportes tradicionais, Engman transforma salas inteiras em fotos cobrindo as paredes, tetos e pisos com as impressões.
De um certo ponto de vista ao olhar para a sala, o espectador verá a foto inteira como ela foi capturada. Porém, entrando na sala ou visualizando de um ângulo alternativo, ficam visíveias partes da estrutura e imagens que foram esticadas para fornecer a ilusão da perspectiva.
Para a realização da obra “Containment”, que está sendo exibido na FotoFocus Biennial 2018 em Cincinnati, nos Estados Unidos, foram utilizadas mais de 300 impressões. Essa é a primeira vez que o trabalho de Engman é aberto para os visitantes entrarem – as mostras anteriores eram apenas fotos.
“A tensão entre a ilusão e o material é exibida nesses trabalhos, principalmente pelas diferentes formas em que o papel é usado para construir imagens”, escreve Engman. “Na obra intitulada ‘Refuge’, por exemplo, a imagem da cena arborizada foi impressa em mais de 150 pedaços de papel e depois fisicamente cortada e afixada em paredes e objetos dentro de um espaço arquitetônico. A sala em si foi então fotografada e a imagem resultante foi impressa em uma única folha de papel fotográfico.”
“No caso do primeiro, as propriedades físicas do papel são reconhecidas. No caso do último (e isso se aplica à maioria das fotografias), tudo sobre a apresentação é projetado para negar que o papel existe em tudo. O que importa e é enfatizado é a ilusão, ou, se preferir, a mentira.”