Após polêmica, WPP muda regulamento

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Foto do sueco Paul Hansen, mostrando o enterro de crianças após um ataque israelense à Cisjordânia, levou o World Press e também levantou suspeitas

Depois da polêmica gerada pela grande ganhadora da premiação deste ano do World Press Photo (WPP), a organização do prestigiado concurso internacional de fotojornalismo anunciou uma alteração no regulamento visando “endurecer” os critérios de uso da pós-produção nas imagens submetidas ao concurso.

Uma série de críticas pôs em dúvida a autenticidade da imagem que conferiu ao sueco Paul Hansen o título de “Fotógrafo do Ano” do WPP. Embora as investigações empreendidas pela organização refutassem a hipótese levantada por alguns especialistas, de que se tratava de montagem, a entidade reconheceu existir “certa pós-produção sobre a imagem”, principalmente no tratamento da luz.

O diretor do World Press Photo, Michiel Munneke, explicou que serão tomadas novas medidas para evitar situações semelhantes no futuro. Para isso, serão “endurecidos alguns protocolos” e os membros do júri agora contarão com “opiniões de especialistas” em matéria de tratamento de imagem para ajudar nas decisões.

Os participantes também terão que apresentar os arquivos Raw para que especialistas independentes os examinem antes que o júri dê seu veredicto. Caso sejam observadas irregularidades, o concorrente em questão será eliminado. “Esperamos que os repórteres profissionais respeitem as normas jornalísticas e éticas, e não alterem o conteúdo das suas imagens, adicionando ou retirando elementos”, declarou Michiel.

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