Amar e continuar a amar

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Sempre escuto a mesma pergunta dos meus clientes: “Fabiana, o que você mais gosta de fotografar? Noivos, quinze anos, família?”. “Não, nada disso”, eu respondo, “o que eu mais amo de verdade são casais mais velhos, que já se casaram e estão juntos há muito tempo ou se encontraram agora e vivem um grande amor”.

A beleza, o carinho, o amor desses casais é evidente, assim como a simpatia e a vontade de serem fotografados. Por isso, eu me pergunto: por que no Brasil não se fazem tantas fotos de casais assim?

Acho talvez porque, quando eles se casaram, havia apenas fotógrafos fazendo fotos posadas, que não expressavam muito sentimento, o que os desestimulou a uma segunda tentativa. Mas, felizmente, a coisa mudou: nós, fotógrafos, estamos aqui para registrar anos e mais anos de união. Além disso, depois de tantos anos juntos, as fotos se tornam também uma espécie de registro dessa união.

As fotos que ilustram este artigo são dos casais Cynthia e Sergio e Carmelita e Gilmar. Este último faz o mesmo trabalho que a gente, só que em vídeo – ele não me falou nada na hora, somente depois, para me deixar bem à vontade.

No Brasil está cada vez mais comum fazerem festas de bodas, de dez, quinze, 25 e 50 anos de casamento. Por que, então, não fazer uma sessão de fotos externa desses momentos?

Está aí uma coisa para se pensar.

 

 

FABIANA MARUNO cursou 3 anos de publicidade e propaganda na PUC-PR, onde teve seu primeiro contato com a fotografia, e é formada em administração pela UFPR. Atualmente, ela é fotógrafa do Conexão Paris e correspondente do Photo Channel. Apaixonada por Paris, transformou essa paixão em fotografia e, através dela, eterniza os momentos mágicos vividos nessa cidade incrível.

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