No mês passado, a Nikon lançou sua linha de câmeras mirrorless full frame com uma nova montagem de lentes Z-mount, com adaptadores para sua tradicional montagem F-mount, além de uma série de outros equipamentos e acessórios, que incluem uma nova lente 500mm, mais leve e compacta. Em 2017, com a queda nas vendas de câmeras fotográficas, a tradicional fabricante japonesa passou por uma série de reestruturações diante de um novo panorama do mercado fotográfico, cancelando a fabricação equipamentos, fazendo cortes de pessoal e restringindo sua atuação no mercado.
Em fevereiro, a empresa cancelou a linha de câmeras DL e admitiu “perdas extraordinárias” de capital, causando uma queda de 15% nas ações e uma desvalorização de 1 bilhão de dólares no mercado. Além disso, mil trabalhadores da Nikon passaram por um programa especial de aposentadoria voluntária. Em outubro, a empresa anunciou o fechamento de uma fábrica de câmeras na china. A subsidiária da empresa era responsável pela produção de câmeras digitais e lentes DSLR e empregava mais de 2 mil trabalhadores. Em novembro, a empresa anunciou que estava encerrando suas atividades no Brasil.
Todo esse processo foi visto com desconfiança por parte de usuários e investidores da marca, porém, fez parte de uma processo de reestruturação global, diante das mudanças do mercado, que não abalaram a qualidade de seus produtos. No mesmo ano, a empresa lançou a Nikon D850, câmera DSLR full frame que apresentou configurações impressionantes e confirmou o desenvolvimento de novas câmeras mirrorless.
Apos várias especulações, a Nikon finalmente lançou duas câmeras mirrorless full frame, acompanhadas de uma série de novas lentes, ingressando em um mercado até então dominado pela Sony, com as ótimas câmeras A7 III e A7R III. O lançamento da Nikon dividiu opiniões, porém, embora a empresa tenha entrado tardiamente nesse nicho, é certo que os feedbacks dos usuários serão levados em conta para o futuro desenvolvimento de câmeras em um novo sistema que parece ter sido bem concebido.