Há alguns anos, começou a surgir a ideia de se contratar fotógrafos profissionais para acompanhar pessoas em destinos populares ao redor do mundo. A ideia por trás disto era oferecer a elas a possibilidade de que suas fotos de viagem tivessem uma qualidade muito superior a que normalmente conseguiriam alcançar.
A prática deu muito certo e já em 2014 surgiram diversas companhias que conectam turistas aos fotógrafos locais, como a Flytographer. A empresa, que possui contatos ao redor do mundo, é especializada em destinos que costumam receber uma vasta quantidade de turistas e grandes eventos internacionais.
Uma das principais rotas da empresa, que atualmente conta com, pelo menos, duas fotógrafas cadastradas no Brasil, envolve as incrivelmente belas e mundialmente conhecidas paisagens do Rio de Janeiro. Os roteiros envolvem a Praia Vermelha, a Urca, o Parque das Ruínas e o Jardim Botânico e possuem duração variável de acordo com as necessidades do turista contratante.
Outras firmas focam em destinos famosos por receber anualmente grandes festivais e competições internacionais, como Bahamas, no Caribe. Além de turistas casuais, o local é foco de algumas competições esportivas quando é inverno nos Estados Unidos – o que atrai um pessoal que pode arcar os custos de tal empreitada. Um dos exemplos é o Bahamas Bowl, partida de futebol americano universitário que é disputada na época do natal. Outro bom exemplo é o PCA, considerada a primeira grande etapa do circuito do poker a cada ano. No caso deste, o palco é o Atlantis Resort – que chega até mesmo a dispor de fotógrafos profissionais residentes para auxiliar com a alta demanda.
Entretanto, o mercado internacional de fotografias para viajantes não está concentrado apenas nas mãos de algumas poucas sociedades empresariais e alguns poucos fotógrafos profissionais. Por ser relativamente novo e pouco explorado, até mesmo amadores tem aproveitado as oportunidades que surgem em seus respectivos locais de atuação.
Um dos principais exemplos que podem ser citados é o de um homem, cujo nome ainda é desconhecido, que age casualmente no Reino Unido. Por um preço fixo de 4 euros, ele se oferece para tirar fotos de turistas e outros pedestres interessados em frente a Abbey Road, local famoso por ser o estúdio onde os Beatles gravaram alguns dos seus principais álbuns.
Como esta “moda” no Brasil ainda parece estar restrita ao Rio de Janeiro, e mesmo assim dentro de apenas algumas regiões selecionadas, há uma possibilidade enorme de expansão. Ainda mais considerando que não há nenhum motivo que impeça mais pessoas intrépidas de desbravarem esse novo mercado.
Cidades como a capital de São Paulo, Foz do Iguaçu e inúmeros outros destinos turísticos podem se beneficiar enormemente do trabalho de novos profissionais que estejam dispostos a seguir este caminho.
Afinal, existem diversas maneiras de se aperfeiçoar na fina arte da fotografia e se tornar um profissional autônomo, e esta interessante e relativamente recente forma dinâmica de atuar pode muito bem ser uma delas.
Também não há motivo para se limitar apenas a pontos considerados tradicionais nas diversas metrópoles brasileiras supracitadas. Utilizando recursos de pesquisa como o Instagram, o Google Image Search, o TripAdvisor e sites como o pouco conhecido Atlas Obscura é possível descobrir inúmeras atrações fora do circuito normal que podem ser facilmente adotadas e oferecidas por fotógrafos que estejam buscando se estabelecer no meio.
Finalmente, todas as regras comuns para tirar fotos de alta qualidade, que garantem que os clientes retornem, também se aplicam aqui. É essencial ter conhecimento técnico, o equipamento adequado, de preferência com seguro, utilizar tripés quando eles se fizerem necessários, pesquisar os horários mais propícios para fotos de cada um dos ambientes escolhidos e seguir todas as dicas essenciais que são oferecidas aqui no iPhoto Channel.
Foto de capa: Max Pixel.