A maior câmera digital da história está sendo montada no Observatório Vera Rubin, no Chile. Com uma resolução de 3.200 megapixels, as imagens são tão grandes e detalhadas que você poderia localizar uma bola de golfe a 20 quilômetros de distância. Ela possui nada menos que 189 sensores CCDs.
A câmera é a Legacy Survey of Space and Time (LSST) e vai fotografar metade do céu do sul a cada 3 dias. Todas as semanas, astrônomos, astrofísicos e cosmologistas terão uma imagem completa de todo o céu daquela região. Ao fotografar o céu de maneira abrangente e regular, os cientistas serão capazes de ver o que está mudando e como está mudando.
As imagens serão tiradas a cada 15 segundos e permitirão aos pesquisadores ficar de olho nos asteróides que viajam perto da Terra, entendendo a matéria escura e a energia escura e a estrutura e formação da Via Láctea. Veja abaixo um pequeno vídeo publicado pelo Observatório Vera Rubin mostrando a montagem da super câmera:
“Veremos objetos mais escuros do que as pessoas olhavam antes em uma área do céu”, disse o astrofísico Aaron Roodman, cientista-chefe para montagem e testes de câmeras. A nova câmera irá essencialmente tirar fotos do passado distante, já que leva muito tempo para a luz chegar de partes tão distantes do universo. Todos os dias, espera-se que a câmera colete 60 Petabytes de dados.
A câmera tem 1,5 metros de largura e 3 metros de comprimento e incorpora 189 CCDs que compõem o sensor. Depois de instalado, ele será posicionado entre 3 espelhos para ajudá-lo a capturar a grande área do céu. Por causa do tamanho e da complexidade, a câmera não é exatamente portátil, e grande parte do feito da engenharia será levar a câmera de seu local de montagem na Califórnia até o topo da montanha no Chile. A pandemia atrasou a instalação, embora a equipe espere que ela esteja pronta na metade de 2022.
A câmera em si é, como você pode imaginar, bastante complexa. Possui 6 filtros rotativos que podem ser trocados dependendo das condições do céu e do que o operador está tentando fotografar. Esses filtros permitirão que as fotografias sejam feitas em diferentes bandas do espectro eletromagnético, do ultravioleta próximo ao infravermelho.
Mesmo que a câmera seja instalada em um local designado para Dark Sky, ela ainda terá que lidar com a poluição luminosa, principalmente de satélites que passam, incluindo o Starlink da SpaceX, que será visível em aproximadamente 30% das imagens. Mesmo assim, esta câmera será uma ferramenta incrível que ajudará a responder a mais perguntas sobre o nosso mundo, nossa galáxia e o universo. O que você fotografaria com a maior câmera digital da história?
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