A história por trás da foto “Einstein mostrando a língua”

Albert Einstein (1879-1955) é considerado um dos maiores gênios da humanidade. O físico e matemático alemão criou a Teoria da Relatividade. Estabeleceu a relação entre massa e energia e formulou a equação mais famosa do mundo: E = mc². Também recebeu o Prêmio Nobel de Física, por suas descobertas sobre a lei dos efeitos fotoelétricos. Porém, a imagem mais famosa do cientista, não mostra Einstein dentro de um laboratório ou sala de aula fazendo suas pesquisas e estudos. Muito ao contrário! A foto com Einstein mostrando a língua consagrou e reforçou o conceito de que todo cientista é “maluco”. Mas quem, quando e onde foi feita essa foto de Einstein? Conheça agora a história por trás da foto de uma das imagens mais conhecidas do história.

história por trás da foto - Albert Einstein mostrando a língua

Por que Albert Einstein mostrou a língua?

A foto foi tirada no dia 14 de março de 1951, quatro anos antes de sua morte. Einstein estava saindo de uma festa que comemorava seus 72 anos, no Princeton Club, em New Jersey, nos Estados Unidos. Ele estava acompanhado por Frank Aydelotte, diretor do Instituto de Estudos Avançados dos Estados Unidos, onde Einstein trabalhava, e pela esposa do diretor, Marie Jeanette.

Naquela noite, Einstein já tinha enfrentado várias sessões de fotos na porta do clube, mesmo assim quando entrou dentro do carro, para ir embora, o fotógrafo Arthur Sasse, fotógrafo da agência de notícias United Press International (UPI), quis registrar uma última imagem do famoso cientista. Einstein estava sentado no banco traseiro do carro, posicionado entre seu diretor e esposa. Sasse pediu para que Einstein desse um sorriso para sair bem na foto.

Einstein, que normalmente já detestava o burburinho midiático em torno de si, estava irritado e cansado de todos os discursos solenes, só queria ir embora. A reação do cientista foi instantânea e contrária ao que o fotógrafo queria. Einstein tentou ridicularizar o pedido do fotógrafo, franziu a testa, arregalou os olhos e mostrou a língua. Sasse foi rápido e não perdeu a reação inusitada do físico alemão. Nem Einstein, nem Sasse poderiam imaginar. Mas ali nasceu a foto mais famosa do cientista e uma das imagens mais famosas da história da humanidade.

história por trás da foto - Albert Einstein mostrando a língua
Foto: Arthur Sasse


Como a foto de Einstein ficou famosa?

Os editores da agência United Press International (UPI), ao ver a imagem, chegaram a pensar em não publicar a foto, imaginando que ela poderia ofender o cientista, mas, por fim, acabaram divulgando o inusitado retrato. Einstein não só não se importou como gostou muito da foto. Tanto que pediu para fazer várias cópias, autografou e deu de presente para amigos em datas especiais, como aniversários e o dia de Natal. Mas antes de reproduzir as cópias, Einstein pediu para que fosse feito um novo corte / enquadramento na imagem, excluindo as pessoas que estavam ao seu lado. Por isso, a imagem conhecida pela grande maioria das pessoas, Einstein aparece sozinho, mas a imagem original tinha um contexto maior.

A imagem ficou tão famosa e icônica ao longo dos anos, que uma cópia foi leiloada, em 2017, por US$ 125 mil (cerca de R$ 650 mil), em Los Angeles, nos Estados Unidos. A foto leiloada tinha a assinatura do físico na margem esquerda: “A. Einstein. 51”, o que indica que ela foi assinada no mesmo ano que foi registrada, em 1951. Mas, um detalhe importante! Esta imagem leiloada, diferente da maioria daquelas que Einstein deu a amigos, é com o enquadramento e corte original, que mostra o contexto e todos os integrantes da foto.

Curiosidade: Einstein veio ao Brasil em 1925

história por trás da foto - Albert Einstein no Brasil
Albert Einstein (ao centro) em visita ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro

No dia 4 de maio de 1925, Albert Einstein desembarcou no Rio de Janeiro, na época capital do Brasil, para expor suas teorias físicas e também para debater problemas como o racismo e a paz mundial. O físico foi recebido pelo presidente Artur Bernardes e visitou o Jardim Botânico, o Observatório Nacional, o Museu Nacional e o Instituto Oswaldo Cruz.

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