A extravagância de Mario Testino
Um dos maiores fotógrafos de moda sonhava em ser padre. O peruano Mario Testino era um adolescente extravagante. Insistia em vestir roupas cor de rosa e saltos de plataforma enquanto estudava economia, na Universidade do Pacígico. Em 1976, foi para Londres estudar fotografia. No começo morou em um hospital abandonado e trabalhava de garçom.
Seus primeiros trabalhos foram books para modelos que custavam 25 libras, e incluíam cabelo e maquiagem. Hoje, Testino contribui com as edições mundiais para a revista Vogue, onde sua carreira começou, e tornou-se reconhecido mundialmente. Suas fotografias ilustram também campanhas das marcas Burberry, Dolce & Gabbana, Estée Lauder, Valentino, Versace e Gucci, onde marcou a década de 1990 com sua ousadia.
Em 2002, foi realizada a sua exposição de maior êxito a “Portraits by Mario Testino”, na National Portrait Gallery de Londres. Os retratos exploram o indivíduo, uma das especilidades do fotógrafo. Em uma entrevista publicada no The New York Times, Testino declarou se preocupar mais com o retratado do que com a técnica “Existem dois tipos de fotógrafos: aqueles que são obcecados com a técnica e aqueles que preferem o assunto. Eu me pergunto como posso fazer para que meus modelos mostrem o seu melhor”.
Sua lista de retratados contém inúmeros artistas importantes do mundo. Testino foi o responsável por colocar Kate Moss como uma das modelos mais bem sucedidas da história. Além das grandes campanhas realizadas sua carreira é marcada por mostrar a intimidade das celebridades, mostrando o lado humano, o que torna Mario Testino um dos principais fotógrafos da contemporaneidade.
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