A coragem na fotografia de conflitos de Anja Niedringhaus | Grandes Fotógrafas da História
Anja Niedringhaus foi um fotojornalista alemã que trabalhou para a Associated Press. Ela era a única mulher em uma equipe de 11 fotógrafos da agência que ganharam o Prêmio Pulitzer em 2005 pela cobertura da Guerra do Iraque. No mesmo ano, ela ganhou o prêmio Coragem em Jornalismo da International Women’s Media Foundation – IWMF.
Anja nasceu em 12 de outubro de 1965, em Höxter, Renânia do Norte-Vestfália, e começou a trabalhar como fotógrafa freelancer aos 17 anos, enquanto ainda estava no ensino médio. Em 1989, ela cobriu a queda do Muro de Berlim para o jornal alemão Göttinger Tageblatt. Ela começou o trabalho em tempo integral como fotojornalista em 1990, quando se juntou à European Pressphoto Agency em Frankfurt. Como Fotógrafa-chefe da EPA, ela passou os dez primeiros anos de sua carreira cobrindo as guerras na ex-Iugoslávia.
Em 2001, Niedringhaus fotografou as consequências dos ataques terroristas de 11 de setembro na cidade de Nova York e depois viajou para o Afeganistão, onde passou três meses cobrindo a queda do Talibã. Em 2002, ingressou na Associated Press, trabalhando no Iraque, no Afeganistão, na Faixa de Gaza , em Israel , no Kuwait e na Turquia. Em 23 de outubro de 2005, ela recebeu o prêmio Coragem em Jornalismo da IWMF, em uma cerimônia em Nova York.
“Eu poderia ter ficado fora de problemas a maior parte da minha vida, mas sempre fui atraída pelas pessoas que sofrem em situações difíceis” – Anja Niedringhaus
Em 2007, Anja foi premiada com uma Bolsa Nieman na Harvard University. Participou da 69ª série de Nieman Fellows, onde estudou cultura, história, religião e as questões de gênero no Oriente Médio e seu impacto no desenvolvimento da política externa nos Estados Unidos e outros países ocidentais. Fundada em 1938, a Nieman é a mais antiga bolsa de mestrado para jornalistas no mundo. O trabalho de Niedringhaus foi exibido no Museu de Arte Moderna em Frankfurt, Alemanha e outras galerias e museus.
Em 4 de abril de 2014, Niedringhaus foi morta aos 48 anos em um ataque no Afeganistão, enquanto cobria as eleições presidenciais no país. A jornalista canadense Kathy Gannon, de 60 anos, ficou gravemente ferida no mesmo ataque, que ocorreu em um posto de controle nos arredores da cidade de Khost, no distrito de Tani. Lá, os jornalistas faziam parte de um comboio independente da comissão eleitoral que entregava cédulas sob a proteção do exército nacional afegão e da polícia afegã.
Após a morte de Anja, a International Women’s Media Foundation criou um prêmio em sua homenagem. O Anja Niedringhaus Courage in Photojournalism Award reconhece a importância do trabalho visual jornalístico e celebra o trabalho de mulheres fotojornalistas que demonstram coragem, dedicação e habilidade, enquanto reportam as notícias através de imagens.