A arte das coisas pela fotografia: A vista grossa do rei (NSFW)
“Só com uma tanga, lá ia o rei rua fora, agradado de aplausos e ignorando as vaias. A cada vaia, um ar superior ou um discurso emaranhado se desenrolam em perplexidade… e em maioria, de reversos aplausos.”
Se a arte fotográfica fosse um conto de fadas, esta poderia de certo ser a nova versão do popular “O rei vai nu”. Mas mais curioso ainda, é que hoje o rei desfila de tanga, pois nem para a nudez tem gabarito.
Isto tudo a propósito das opiniões, originalidade e da qualidade fotográficas.
O tema já me andava a moer há algum tempo e é recorrente, sempre a ver com comentários sobre a fotografia, o ensaio de nu e considerações despidas.
Nu é existir e estar como se nasce e realmente se é, frontal, real e só, todo. Só esgota quando somos pequenos, de alguma forma. Despido é perder algo, falta e muitas vezes violação; – aqui, violação de substância própria e consideração de quem se liga à fotografia; seja vendo, respirando ou falando fotografia.
Hoje, muita de uma suposta arte contemporânea dá abrigo a quem de mal fala e fala mal, dando guarida a maus autores e piores críticos, amadores ou profissionais.
A fotografia precisa e merece, dedicação, amor e gabarito… Não de vistas grossas.