As fotografias ritualísticas de Mario Cravo Neto

A escultura e o desenho foram as primeiras artes que guiaram a carreira do fotógrafo Mario Cravo Neto, influenciado por seu pai. Em 1968, Cravo Neto tem sua carreira direcionada para a arte conceitual, após ser orientado na Arts Students League, por Max Jakob, em Nova Iorque. Nesse período nasce a série colorida On The Subway.

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O interesse e aprofundamento na fotografia de estúdio, com instalações dentro do campo fotográfico, são abordados com temas relacionados ao candomblé e a religião católica, registrando e interpretando por meio de suas fotografias a fé. Suas imagens são em maioria preto e branco, o que as tornam verdadeiras esculturas moldadas por volumes e texturas diferenciadas, onde luz e sombra transbordam como sensações táteis.

As obras de Mario Cravo Neto são comparadas por seus estudiosos ao trabalho do fotógrafo e etnógrafo Pierre Verger, por abordar a possessão do corpo por meio da religião. Muitas vezes o corpo humano é usado em suas fotografias, onde pequenos detalhes conversam com objetos, dando uma conotação ritualística.

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