Mais uma modelo acusa o fotógrafo Terry Richardson de abuso sexual durante ensaios fotográficos
O fotógrafo de moda Terry Richardson está novamente no centro das atenções, e como tem acontecido há mais de 10 anos, não são notícias positivas para o outrora famoso e polêmico profissional. Desta vez, a modelo Minerva Portillo, que atualmente reside e trabalha na Espanha, entrou com uma ação judicial por abuso sexual durante ensaios fotográficos contra Richardson através da Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York. Essa lei concede às vítimas um período de um ano para entrar com ações civis, mesmo que os prazos para ações penais tenham expirado.
Richardson, conhecido por seu trabalho em capas de revistas como Vogue, Harper’s Bazaar e GQ, além de dirigir o videoclipe de “Wrecking Ball” de Miley Cyrus, já enfrentou várias acusações de modelos por abuso sexual anteriormente, chamando-as de “caça às bruxas”. Em 2017, o fotógrafo veio ao Brasil para dirigir o clipe “Vai, Malandra”, da cantora Anitta, e também fez um ensaio fotográfico da funkeira no Morro do Vidigal.
Segundo o The New York Times, Portillo alega que, durante um encontro em Nova York, quando tinha 22 anos, Richardson estava vestido apenas com um roupão. Na época, a agência de modelos de Portillo, instruiu-a a ignorar o comportamento de Richardson, considerando sua proeminência na indústria. A agência também é citada como ré no processo.
Em uma sessão de fotos em maio de 2004, Portillo afirma ter recebido uma bebida que a deixou “tonta, desorientada e sem controle total de seu corpo”. Durante a sessão, Richardson a teria pressionado de forma inapropriada, forçando-a a fazer sexo oral, enquanto alegadamente fotografava o incidente.
Com receio de prejudicar sua carreira em um novo país, Portillo voltou ao estúdio de Richardson no dia seguinte, onde afirma ter sido novamente ordenada a praticar sexo oral enquanto era fotografada. Algumas imagens explícitas dessa sessão foram incluídas em exposições e publicações, levando Portillo a afirmar que uma agência espanhola a dispensou devido às fotos. Ela alega não ter consentido com a distribuição ou venda das imagens, assinando um documento no dia da primeira agressão.
Dois dias após o processo de Portillo, outra mulher, Caron Bernstein, entrou com uma ação semelhante contra Richardson. Bernstein já havia acusado o fotógrafo de agressão sexual em 2003. Apesar das inúmeras e constantes acusações, a indústria da moda levou anos para afastar o fotógrafo do mercado.
