Alair Gomes o Voyeur de Ipanema

O fotógrafo Alair Gomes (1921-1922) faz parte do processo contemporâneo do Brasil, apesar de ter começado a fotografar com 45 anos, Gomes deixou um acervo de 150 mil fotografias que foram doadas à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O fotógrafo interrompeu a sua carreira após ser assassinado em seu apartamento, em 1992.

Sua bagagem cultural já era enorme quando começou na fotografia, estudou engenharia civil e eletrônica, depois se aprofundou na filosofia da ciência, estética e história da arte, deu aulas de filosofia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fundou a revista Magog, em 1946, com o poeta Marcos Konder Reis; uma lista infinita de conhecimento que influenciou sua fotografia.

Gomes é conhecido como o voyeur de Ipanema, por ficar na janela de seu apartamento observando os jovens que ocupavam a praia, dali montava séries e sequências fotográficas. A política da época e a contracultura dos anos 1970 eram temas presentes em sua obra, mas um outro lado do fotógrafo já foi muito comparado com Robert Mapplethorpe, por suas séries de nú artístico.

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