Há muitos benefícios quando a gente fotografa em RAW: são arquivos trazem grande flexibilidade para edição por proporcionar dados brutos da imagem. Porém, existem também razões para não fotografar sempre em RAW e dar uma chance ao JPEG. A ideia não é fotografar APENAS em JPEG, mas se aventurar com esse tipo de arquivo. O fotógrafo Eric Kim listou 8 motivos para fotografar em JPEG, que você confere abaixo:
- A câmera faz um bom trabalho de processamento das imagens em JPEG. Cada câmera é aprimorada para produzir boas imagens JPEG. Então em termos de tom, de cor, tons de pele e contrastes geralmente as imagens JPEG já saem bem sólidas direto da câmera;
- É sempre decepcionante importar imagens RAW para o Lightroom e ver as imagens “reverterem” a partir das visualizações JPEG para uma configuração flat, sem contraste na imagem RAW. Este problema pode ser resolvido se você aplicar um preset na importação, mas às vezes os presets não ficarão tão bons quanto os JPEGs originais;
- Fotografar em JPEG gera menos stress. Se você faz fotos simples para família e pequenos eventos, JPEG é sempre o caminho a percorrer. Leva tempo demais a tonelada de processo das fotografias RAW: é preciso lidar com correção de cor, tons de pele, etc, melhor fotografar em JPEG quando se trata de fotos simples apenas para compartilhar;
- JPEG é mais fácil para fazer backup do que arquivos RAW. Por exemplo, o serviço de nuvem Google Photos atualmente oferece acesso grátis e ilimitado de imagens JPEG (com um tamanho reduzido de 2000px de largura). Como os nossos sensores de câmera tendem a ficar melhores e ter mais megapixels, é chato ter que comprar sempre mais espaço de armazenamento (tanto faz em HDs ou nuvem);
- Fotografar em JPEG é um pouco semelhante a fotografar com filme. Quando você fotografa em JPEG, suas imagens têm um visual consistente e são mais dependentes de boas composições e de emoção do que da necessidade de um pós-processamento para tornar suas fotos mais interessantes;
- Há simulações de filme em JPEG que ficam muito boas (ainda melhor do que presets). Por exemplo, o “Classic Chrome”, predefinição de cor das câmeras Fujifilm, tem um visual bastante sólido. Até mesmo o preset “Grainy black and white” da câmera Fujifilm X-Pro 2 quando aplicado fica ótimo, com o aspecto de granulação de filme analógico. E sim, você pode aplicar estes filtros em RAW nas fotos de câmeras Fujifilm (procure em “calibração da câmera” no Lightroom), mas não ter que usar o Lightroom significa menos stress;
- JPEG obriga a ter mais criatividade por ter menos opções. O processamento de arquivos RAW é estressante, e um dos motivos desse stress é que há muitas opções quando se trata de pós-processamento de imagens. Às vezes gasta-se um bom tempo com pós-processamento e as fotos acabam com processamento demais, edição demais, muita coisa, exagero;
- Há uma maravilhosa sensação de “finitude” com uma imagem JPEG. Se você viu uma cena em preto e branco e só fotografou em preto e branco, você não precisa pensar se a versão em cor seria melhor. Este é o mesmo que acontece com filme preto e branco – você não pode converter uma foto de filme preto e branco em cor (a não ser que você faça um processo de colorização, que não é nada simples). A mesma coisa acontece com o JPEG em P&B. Ironicamente, ao limitar as nossas opções podemos ser mais criativos com o nosso trabalho.
Fonte: DIY Photography