Sistemas automáticos de flash tornam o uso do equipamento mais fácil do que nunca. Mas há alguns problemas que surgem com frequência. A chefe de testes do site Digital Camera World, Angela Nicholson, relata alguns dos erros clássicos de flash na fotografia. Com as dicas, Nicholson oferece alguns toques para melhorar o uso do equipamento.
- Não usar o flash
Um dos maiores erros que os fotógrafos fazem é não usar seu flash. Em muitos casos, isso ocorre porque eles não entendem como usá-lo ou não têm consciência dos benefícios que o flash pode trazer à fotografia. O flash não é algo que só deve ser utilizado quando não há luz suficiente. Ele também é extremamente útil em condições de iluminação alta, porque ele pode preencher sombras e ajudar a equilibrar a exposição do seu assunto em relação ao fundo.
- Utilizar o flash com o assunto distante
Este é um problema comum para fotógrafos que usam a sua câmera nas configurações automáticas ou que superestimam a potência de seu flash. Mesmo a luz de um poderoso flash não irá iluminar um assunto no centro de um estádio, por exemplo, se você está fotografando do meio da multidão.
- Olhos vermelhos
Olhos vermelhos em retratos são causados pela luz que entra pelo olho do assunto e reflete o sangue no fundo dos olhos, pois a pupila não tem tempo de se fechar. A maioria das câmeras oferecem um modo de redução de olhos vermelhos que funciona disparando um pré-flash que faz com que a pupila se feche antes do flash principal e da exposição. Isso pode funcionar bem, mas nem sempre impede o problema completamente. Outra solução consiste em posicionar o flash mais longe. Naturalmente, isto não pode ser feito com o flash da câmara, apenas com um flash externo, que está ligado à câmara sem fios ou através de um cabo.
Em alguns casos, simplesmente usando um flash montado à sapata da câmera ao invés de flash pop-up da câmera pode ser suficiente, porque a fonte de luz é levantada suficientemente acima da lente.
- Matar a atmosfera
Enquanto o flash pode iluminar sombras escuras, ele também pode destruir a atmosfera de uma cena de pouca luz. Em alguns casos, pode ser melhor desligar o flash e estender a velocidade do obturador, colocar a câmera em um tripé ou, se necessário, aumentar a sensibilidade do ISO. Você também pode verificar, no modo manual, a possibilidade de ajustar a compensação de exposição do flash de modo que você pode reduzir a quantidade de luz emitida.
- Sombra do parasol da lente
Como regra geral, é bom usar o parasol na lente, mas se ele for grande e a lente for longa, ou o flash for muito baixo, ele pode lançar uma sombra que ficará visível na imagem. A melhor solução para este problema é movimentar o flash de forma que a luz não incida sobre a lente ou parasol. Mas se isso não for possível, remover o parasol também serve.
- Luz dura
Flash direto pode produzir luz muito dura e intensa, que pode gerar testas e narizes brilhantes em retratos. A solução é difundir a luz do flash. Um dos métodos mais comuns é encaixar um pequeno softbox no flash. Estes vêm em uma variedade de formas e tamanhos. Um difusor vai cortar um pouco de luz a partir do seu flash, mas se você estiver usando TTL, deve ajustar a compensação. Também é possível para difundir a luz de um flash pop-up simplesmente colocando um pedaço de papel de seda, papel vegetal ou um retângulo de papel translúcido na frente dele.
Muitos flashes têm inclinação e giro de cabeça que permitem rebater a luz em uma grande superfície, como um teto ou parede.
- Flash abaixo do assunto
É importante notar o nível do flash, caso ele seja externo e não esteja acima da câmera. Por via de regra, em geral o flash tende a imitar a altura da luz do Sol, por isso é comum que a luz seja emitida acima do modelo ou assunto, assim como acima da lente da câmera. A não ser que a sua intenção seja gerar sombras ou desenhos dramáticos.
- Movimento borrado
O erro aqui é usar flash na primeira cortina do obturador, o que faz com que o borrado do movimento fique na frente do assunto que está se movendo. A solução é usar flash na segunda cortina, o que faz com que o borrão fique atrás do objeto que se move, sendo assim mais natural.