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5 erros que fotógrafos iniciantes cometem ao compartilhar fotos na internet

Existe aquele ditado: quem não é visto, não é lembrado. No mercado fotográfico, esse ditado é ainda mais contundente, pois trabalhamos com imagens. Mas quando é que estou me expondo demais? Ou: de menos?

No começo, é difícil saber qual caminho seguir. E com tantos absurdos que ocorrem na internet diariamente, é normal ter um pouco de receio ao compartilhar suas fotos na web. Porém, compartilhar é preciso. Confira 5 erros comuns que acontecem no dia a dia da internet e reflita como melhor mostrar seu trabalho.

  1. Ser superprotetor

Há pessoas que têm tanto medo de ser roubadas que nem mostram seu trabalho. Isso é sério. Ou, quando mostram, desfiguram tanto o trabalho que era melhor mesmo nem mostrar. Por exemplo, quando o fotógrafo compartilha suas imagens com uma marca d’água gigantesca. Isso dificulta a visão da foto, a apreciação da imagem.

Foto: Sergey Polyushko
Foto: Sergey Polyushko

Dá pra usar marca d’água sim, mas com maior opacidade e em tamanhos menores. Tenha bom senso. Outro problema são os arquivos minúsculos. É decepcionante ver uma bela foto na internet, clicar para que ela abra em tamanho maior e não acontecer quase nada. A foto continua pequena. O tamanho completo de 1000px é ideal. Se você quiser algo menor, que não seja menos que 700px; senão fica difícil, principalmente em telas grandes.

  1. Usando o perfil de cor errado

Um erro simples, fácil de corrigir. Quando você está se preparando para compartilhar uma foto online e está exportando do Lightroom ou do Photoshop, exporte como sRGB. A exportação usando o perfil de cor AdobeRGB ou ProPhotoRGB pode parecer boa para você em primeiro lugar, pois funciona para material impresso. Porém, dependendo do navegador/dispositivo onde a foto está sendo vista, as cores podem ficar fora de sintonia, distorcidas.

Foto: J. J. Taylor
Foto: J. J. Taylor
  1. Ser um Mestre de Nada

Não há absolutamente nada de errado em tentar diferentes gêneros de fotografia, encontrar o seu nicho e experimentar. É importante no início. Mas se você está tentando fazer o seu trabalho notado, é legal seguir uma linha, um estilo, algo que ligue visualmente uma foto sua à outra.

Foto: Simon Roy
Foto: Simon Roy

Não há mesmo nada errado em ter um pouco de paisagem, um pouco do retrato e um pouco de macro (entre outras coisas) no seu portfólio. É bom praticar de tudo no início. Mas é importante, depois disso, achar o gênero que você mais gosta e estudar sobre ele, praticar em cima dessa vertente e dar o melhor de ti em um assunto.

  1. Compartilhar tudo

Você fotografou um pôr do sol incrível ontem? Ou encontrou o local perfeito para fotografar a Via Láctea e tirou fotos verdadeiramente surpreendentes? Ok, mas você não precisa compartilhar toda e qualquer foto que fizer. 60 fotos do mesmo sol deixam de ser notidade, de gerar curiosidade. É o equivalente moderno de forçar seus amigos para sentar e ficar vendo uma apresentação de slides de suas fotos de férias da família. Isso é chato.

Foto: John Wilhelm
Foto: John Wilhelm

Compartilhe sua melhor foto do pôr do sol, ou as 5 melhores se elas são únicas e diferentes umas das outras. Uma foto por dia, por exemplo, ajuda a manter a curiosidade e interesse dos seus amigos e espectadores.

  1. Não compartilhar nada

Este erro acontece uma de duas maneiras: 1. Você se inscreve em 60 sites de compartilhamento de fotos e aos poucos não compartilha nem três fotos por mês, pois são muitos sites para alimentar; 2. Você fica intimidados na hora de compartilhar qualquer coisa (por motivos variados, como o julgamento das pessoas, ou a insegurança em si mesmo, ou o medo de ter suas fotos roubadas) e toda vez que o botão “Publicar” aparece, o medo vem à tona.

Foto: Matcenbox
Foto: Matcenbox

A solução para o primeiro problema é escolher algumas poucas comunidades para compartilhamento (Facebook, Instagram, 500px e Flickr, por exemplo). Assim é possível dar uma melhor continuidade semanal para a publicação de suas fotos. Isso leva tempo e dedicação se você quiser qualidade.

A solução para o segundo problema é se forçar a superar seu medo da publicação, do compartilhamento, de se expor, colocando-se em um cronograma de tolerância zero consistente. Uma grande (e muitas vezes transformadora) maneira de fazer isso é começar um projeto de 365 dias. Isso irá forçá-lo a sair e tirar fotos a cada dia, mas mais importante: ele irá forçar você a compartilhar uma dessas fotos todos os dias também.

FONTE: ISO 500PX

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6 Comentários

  1. Esta visão sua é bem interessante, eu mesmo já vivi esta realidade um dia.
    E é assim mesmo hora perdido querendo proteger demais outro momento postando foto de tudo e sem critério algum.
    Hoje eu não tenho uma característica marcante, então busco fazer fotos muito voltadas para o autoral não comercial, faço um laboratório e posto o melhor dos resultados e a cada foto um novo aprendizado que aplico na minha área profissional da imagem que é cinegrafia, pois sou um repórter cinematográfico e me diferencial está no experimentar novas linguagens

    1. Ótimo, Paulo. É verdade, cada imagem proporciona um aprendizado, tendo ela um resultado final bom ou ruim.