Se você é usuário de uma câmera mirrorless, vale a pena ficar atento a estas cinco dicas do jornalista e fotógrafo londrino Matt Golowczynski para conseguir um melhor desempenho do seu equipamento.
Prolongue a autonomia da bateria
Se há algum aspecto em que as câmeras mirrorless ficam atrás das DSLR é a duração da bateria. Com baterias de menor tamanho e consumindo mais energia através de suas telas LCD e visores eletrônicos, mesmo as câmeras mirroless com nível profissional podem oferecer autonomia para apenas 300 disparos. Ter uma bateria sobressalente ou manter um grip de bateria são duas opções úteis, porém, vale a pena saber quais operações e recursos drenam a bateria rapidamente.
Dois dos principais culpados são uma dependência excessiva do autofoco (e foco contínuo) e dos sistemas de estabilização de imagem. Isso não quer dizer que você deva desligá-los, mas vale a pena pensar a respeito sobre manter o dedo constantemente pressionado no botão do disparador para fazer o pré-foco. Outros detalhe a serem observados são a luminância das telas LCD e EVF, juntamente com visor de alto desempenho, configurações de exibição e sistemas de GPS.
Conheça os slots para cartões
Está se tornando bastante comum ver câmeras projetadas com dois slots para cartões de memória, e é possível que os fabricantes devem continuar oferecendo novas maneiras no que diz respeito à forma como eles podem ser configurados. Se a sua câmera possui entrada para dois cartões, vale a pena conferir quais são as capacidades de cada slot, uma vez que eles podem não seguir o mesmo padrão.
A configuração mais comum é ter dois slots do tipo SD, o que significa que você pode usar o mesmo tipo de cartão em cada um, mas pode ser que apenas um suporte UHS. A Fujifilm X-T2, por exemplo, tem dois slots que suportam cartões do tipo UHS-II. Assim, você pode esperar o mesmo desempenho em ambos os slots. Já a Fujifilm X-Pro2 também tem dois slots, porém apenas o slot primário suporta UHS-II – e isto acontece também em outras câmeras como a Olympus O-MD E-M1 Mark II e a Sony A9.
Isso não significa que você não pode usar o mesmo cartão em qualquer slot, mas você só vai ser capaz de obter os benefícios de desempenho UHS-II em um deles.
Crie um modo silencioso
Uma das grandes vantagens de muitas câmeras mirrorless em relação às câmeras DSLR é que elas podem ser configuradas para disparar silenciosamente, tornando-as mais fáceis de usar quando é necessário ser discreto. Em grande parte isso se deve ao fato de que elas podem usar obturadores eletrônicos ao invés de cortinas mecânicas, além de não ter um espelho balançando para cima e para baixo. Porém, não é apenas com o obturador que você precisa se preocupar. A luz auxiliar do autofoco, sinal sonoro de confirmação de foco e outros sons operacionais devem ser levados em conta.
É uma dor de cabeça ter que configurar tudo isso cada cada vez que você precisar, por isso considere gravar as configurações no modo personalizado. Dessa forma, sempre que for necessário fotografar discretamente, tudo que você precisa fazer é alterar o modo no seletor da câmera.
Personalize o menu de funções
Telas sensíveis ao toque são mais comuns em câmeras mirrorless do que em DSLRs, principalmente em corpos menores, pois há menos espaço para botões e controles físicos. Isto coloca uma maior confiança no sistema de menu, então faz sentido configurá-lo da forma mais conveniente possível. Menus que apresentam definições comumente utilizadas ao pressionar de um botão, agora são parte padrão dos recursos de uma câmera. Porém, as configurações que são comuns para um usuário, podem não ser necessariamente comuns para outro.
Por esta razão, os fabricantes normalmente vão deixar você mudar as configurações destes menus para que você possa eliminar aquelas funções que você usa raramente e substituí-las com as que considerar mais relevantes. Algumas câmeras, como as da série Fujifilm X dão um passo adiante, permitindo que você salve diferentes conjuntos de opções do menu rápido, dependendo do que você está fotografando. Ou seja, você pode salvar um conjunto de opções para fotografar todos os dias, um para vídeo, um para fotos com tripé e assim por diante.
Ajuste a sensibilidade do sensor ocular
Muitas câmeras oferecem visores com sensor ocular, alternando automaticamente a imagem entre o monitor traseiro e o visor conforme você move seu rosto. Embora seja útil, o sensor pode ficar confuso se qualquer outra coisa passa por ele. O problema mais comum é quando você está usando a tela sensível ao toque, ou quando a câmera está próxima ao chão e você tem que fazer os ajustes na tela com o corpo afastado.
Nessas situações você pode mover sua mão ao redor da parte de trás da câmera, enganando o sensor, que vai pensar que o seu rosto está próximo, o que por sua vez desliga o display. Felizmente, algumas câmeras agora permitem que você ajuste a sensibilidade de modo que eles sejam menos propensas a fazer isso.
Fonte: DigitalRev